
O CEO da Tesla, Elon Musk, diz sentir um pessimismo em relação a economia e por isso pretender cortar cerca de 10% dos empregos na montadora de carros elétricos, segundo informou em um e-mail para executivos visto pela Reuters. Esta mensagem foi dada, dois após Musk falar para os funcionários retornarem para o trabalho presencial ou deixarem a empresa.
O pedido de Musk gerou resistência na Alemanha. “Todos na Tesla são obrigados a passar um mínimo de 40 horas no escritório por semana. Se você não aparecer, vamos supor que você renunciou”, disse o empresário em um e-mail.
A empresa Tesla empregava cerca de 100.000 pessoas e em suas subsidiárias no fim de 2021, de acordo com seu arquivamento anual de documentos nos Estados Unidos. O corte de funcionários é por Musk se preocupar com uma possíve recessão para as montadoras, mesmo que a demanda dos carros da Tesla e outros veículos elétricos tenham permanecido forte.
A previsão do empresário sobre o futuro da economia repercutiu entre executivos, incluindo o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, e o presidente do Goldman Sachs, John Waldron. Um “furacão está logo ali vindo em nossa direção”, disse Dimon conforme informações da CNN.
Antes de Musk anunciar sobre o corte de empregos, ele pediu para que todas as contratações disponíveis fossem pausadas. A inflação dos Estados Unidos causou um salto no custo de vida dos americanos e com isso, o banco central do país, Federal Reserve, luta para tentar conter a inflação sem causar uma recessão.
Nessa quinta-feira (2), Musk compartilhou que adiou o evento “Tesla Al Day”, que é voltado a inteligência artificial. “Tesla AI Day adiado para 30 de setembro, pois podemos ter um protótipo Optimus funcionando até lá”.
Tesla AI Day pushed to Sept 30, as we may have an Optimus prototype working by then
— Elon Musk (@elonmusk) June 3, 2022