A nova Constituição promotiva por Kais Saied, presidente da Tunisia, que reforça dos poderes do chefe de Estado, está prestes a ser aprovada nesta terça-feira (26).
A oposição Frente Nacional de Salvação (FSN), pediu boicote ao voto e acusou a autoridade eleitoral nesta terça-feira de ter “amplificado” e “falsificado” os dados de participação. De acordo com o órgão, apenas 27,54% dos 9,3 milhões de eleitores registrados votaram.
O diretor do instituto de pesquisas Sigma Conseil, Hassen Zargouni, nesta terça-feira que entre 92% e 93% dos eleitores aprovaram a Constituição de Saied, com base em pesquisas de boca de urna. A Tunísia vive uma crise econômica, agravada pela Covid-19 e também pela Guerra na Ucrânia, da qual depende para importações de trigo.
Desde que Saied foi eleito, em 2019, o país está altamente polarizado, após ele concentrar todos os poderes em suas mãos em 25 de julho de 2021, de acordo com o portal Uol.
Said Banerbia, da ONG Comissão Internacional de Juristas, criticou a legitimidade do voto. “Qualquer Constituição que resulte [daquela votação] não reflete a visão da maioria dos tunisianos e carece de legitimidade democrática e propriedade nacional”, disse em entrevista à AFP.
A Tunísia enfrenta sérias dificuldades econômicas, que foram agravadas pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia https://t.co/FNXHGaMxoo #g1
— g1 (@g1) July 26, 2022