violência sexual

ONU afirma haver provas de que integrantes do Hamas estupraram israelenses durante o ataque

A informação vem de um relatório da equipe de Pramila Praten, especialista da ONU em violência sexual durante conflitos

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta segunda-feira (4), haver "informações claras e convincentes" de que os integrantes do grupo terrorista Hamas cometeram, entre outros crimes, estupros e tortura sexual a mulheres israelenses durante os ataques ao país, em 7 de outubro de 2023.
Cemitério homenageia vítimas dos ataques – Créditos: Getty images

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta segunda-feira (4), haver “informações claras e convincentes” de que os integrantes do grupo terrorista Hamas cometeram, entre outros crimes, estupros e tortura sexual a mulheres israelenses durante os ataques ao país, em 7 de outubro de 2023. O Hamas já negou qualquer acusação anteriormente.

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A informação vem de um relatório da equipe de Pramila Praten, especialista da ONU em violência sexual durante conflitos. “Foram reunidas informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante”, informa um trecho.

Praten estudou os casos durante 29 de janeiro e 14 de fevereiro, quando passou por Israel e Cisjordânia. “Há motivos razoáveis para acreditar que ocorreu violência sexual relacionada a conflitos durante os ataques de 7 de outubro em vários locais ao longo da periferia de Gaza, incluindo estupro e estupro em grupo, em pelo menos três locais“, disse. Ela também acredita que os ataques sexuais podem ainda estar acontecendo.

Apesar da pesquisa, Praten não conseguiu entrar em contato com nenhuma vítima direta. As informações vieram de reuniões com instituições israelenses e entrevistas com testemunhas e sobreviventes dos ataques terroristas.

Pramila Prasten cita o exemplo do festival de música eletrônica Nova, que ocorria durante a investida terrorista e tornou-se foco de ataques. Fontes afirmam encontrar corpos de mulheres sem as partes de baixo de suas roupas e com um tiro na cabeça.

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“Há motivos razoáveis para acreditar que ocorreram múltiplos incidentes de violência sexual com vítimas sendo submetidas a estupro e/ou estupro em grupo e depois mortas ou mortas enquanto eram estupradas”, relatou.

Por outro lado, a equipe da ONU também busca investigar ataques da mesma natureza violenta por parte de soldados israelenses na Cisjordânia.

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