ONU diz que centros médicos não devem ser alvo de ataques

Autoridades da região de Donetsk, onde fica Mariupol, disseram que 17 pessoas ficaram feridas

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Ataque no hospital infantil em Mariupol (Crédito: Reprodução / Twitter @alissaholkko1)

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse nesta quarta-feira (9) que nenhuma unidade de saúde “deveria ser alvo” de ataques. O comentário foi uma reação ao bombardeio russo contra um hospital infantil em Mariupol, no sul da Ucrânia.

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A ONU e a Organização Mundial da Saúde pediram a “interrupção imediata dos ataques a serviços de saúde, hospitais, profissionais de saúde e ambulâncias”, disse Dujarric segundo a rede Al Jazeera.

Segundo a Reuters, autoridades da região de Donetsk, onde fica Mariupol, disseram que 17 pessoas ficaram feridas no bombardeio russo ao hospital. De acordo com a câmara de vereadores da cidade, os russos jogaram bombas contra o prédio, que teve a fachada destruída.

Vaticano condena ataque a hospital

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, chamou “de inaceitável” o ataque russo contra o hospital infantil em Mariupol. De acordo com a agência italiana Ansa, o religioso fez um apelo por um cessar-fogo e pela implementação de corredores humanitários seguros para retirada de civis.

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson, disse que há poucas coisas mais “depravadas” do que atacar pessoas vulneráveis e indefesas. “O Reino Unido está avaliando mais apoio à Ucrânia para se defender contra ataques aéreos e responsabilizar Putin por seus crimes terríveis”, escreveu o premiê no Twitter.

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Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia

O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.

Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia.

Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

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