Uma semana após um terremoto atingir a Turquia e a Síria, o número de mortos chegou a 37.357. O abalo ocorreu no dia 06 de fevereiro e atingiu 7,8 graus de magnitude.
Nesta segunda-feira (13), a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD) da Turquia afirmou que o número de mortos foi de 31.643 no sul do país. Enquanto na Síria, as autoridades responsáveis registraram 5.714 mortes.
BUSCA POR SOBREVIVENTES
Além disso, também nesta segunda (13), a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que, a partir de agora, a busca por sobreviventes provavelmente está chegando ao fim. O foco agora será garantir abrigo e condições básicas aos sobreviventes e desabrigados.
IMÓVEIS COM MÁ QUALIDADE
O governo turco já declarou estado de emergência pelos próximos três meses. Os turcos já vem recebendo ajuda humanitária de mais de 70 países, que também enviaram equipes de resgate para o local. O Brasil enviou sua primeira equipe na última quinta-feira (09). A ajuda veio em um momento de insatisfação do povo da Turquia em relação à resposta do governo ao terremoto.
Nesta semana, a Justiça da Turquia informou que iniciou processos judiciais contra 130 pessoas suspeitas de participar de incorporações de imóveis construídos com má qualidade e na ilegalidade, sem seguir regras da engenharia para tornar as construções mais resistentes a terremotos.
Bekir Bozdag, ministro da Justiça do país, afirmou que três pessoas já foram presas e aguardam julgamento. Sete foram detidas e mais sete impedidas de deixar a Turquia. O ministro prometeu punir os responsáveis.
DESASTRE
Considerado o sétimo desastre natural mais mortal do século, o primeiro tremor durou um minuto e meio e atingiu um raio de cerca de 250 quilômetros. Ele foi sucedido por mais de cem outros na região onde milhares de pessoas continuam desaparecidas e ao menos 93 mil ficaram feridas.
O epicentro do terremoto na Turquia e na Síria aconteceu a 10 quilômetros da superfície em uma profundidade considerada baixa, o que pode explicar a repercussão avassaladora. Israel, Iraque, Chipre e Líbano também sentiram o terremoto.
A região já era propensa a este tipo de abalo sísmico por estar situada em um local de encontro de placas tectônicas. O último tremor desta magnitude na região foi em 1939, quando o terremoto atingiu o grau 8 da Escala Richter e matou cerca de 35 mil pessoas.
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