Fortes terremotos atingiram a Turquia e a Síria deixando, até o momento, mais de 5.000 mortos, além de milhares de feridos e desabrigados. Os tremores foram os mais fortes vistos nos últimos 80 anos, na região.
Segundo reportagem da CNN, até a manhã desta terça (07), a quantidade de prédios que colapsaram apenas na Turquia passou de 5.600.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, pelo menos 75 tremores secundários, medindo pelo menos 4,0 graus na Escala Richter, ocorreram após o primeiro terremoto. Diante disso, a comunidade internacional prestou solidariedade e se prontificou a enviar suprimentos e ajuda para as regiões afetadas, juntando mais de 40 nações.
REDE DE AJUDA
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os sírios precisam “urgentemente” de auxílio, também se dizendo pronta para enviar apoio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também prestará suporte.
O governo do Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), se reuniu para avaliar uma possível resposta de assistência humanitária. A medida também pode incluir o despacho de uma equipe de busca e resgate urbano, requisitada pela Turquia.
Uma das principais aliadas da Síria, a Rússia enviou mais de 300 soldados. Essas tropas se concentram principalmente em Aleppo, Hama e Latakia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou tristeza e condolências com os fatos noticiados e autorizou auxílio imediato aos países. Ele conversou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Biden disse que os EUA estão prontos para: “Fornecer toda e qualquer assistência necessária à nossa aliada da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], a Turquia, em resposta a esta tragédia”.
O embaixador americano para a Turquia, Jeff Flake, afirmou que duas unidades de procura e resgate foram enviadas, cada uma com cerca de 70 profissionais, além de cães farejadores.
Diante da situação catastrófica, uma possível ajuda inédita também é discutida: a de Israel. Essa nação não possui relações diplomáticas formais com a Síria, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que recebeu uma solicitação de ajuda e a aprovou. No entanto, fontes do governo sírio negam que tenham pedido ajuda ao país rival.
O Catar e o Kuwait, por sua vez, anunciaram a abertura de pontes aéreas e envio de equipes especializadas, incluindo veículos, suprimentos para o inverno e material para montagem de hospitais de campanha. Também haverá auxílio de tropas da França e Espanha, totalizando mais 200 pessoas. O mecanismo de resposta a crises foi ativado na União Europeia para coordenar as ações de ajuda.
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, também conversou por telefone com o presidente da Turquia, prestando condolências e disponibilizando assistência necessária. Já o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse estar pronto para ajudar a Turquia “de todas as maneiras possíveis”, relembrando a aliança na Guerra da Coreia.
Também serão enviadas mais de 15 toneladas de equipamento de busca e resgate provenientes da Holanda. Outras nações que decidiram apoiar as operações de busca e resgate são: Iraque, Palestina, Áustria, Reino Unido, Paquistão, Alemanha e República Tcheca, inclusive com suprimentos médicos de emergência, primeiros socorros e suprimentos de abrigo e remédios e combustível.
Além dos países e organizações civis também providenciaram auxílio humanitário, como a Médico Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha Internacional, que também lançou um fundo para assistência.
Siga a gente no Google Notícias