A ex-candidata à presidência da Argentina, Patrícia Bullrich, tornou-se peça chave para o candidato do partido A Liberdade Avança, Javier Milei, a quem declarou seu apoio após perder no primeiro turno. Questionada sobre o apoio explícito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Sergio Massa, ela disse que o chefe do executivo “pode dizer algo sobre a eleição argentina, mas terá de se relacionar com quem vencer a eleição“.
“Há 20 anos era impensado que um governo falasse a favor ou contra uma candidatura de outro país. Mas este tipo de alinhamentos não influenciam em nada o que acontece aqui“, disse Bullrich ao jornal O Globo.
A ex-candidata avaliou que a Argentina e o Brasil têm uma relação acima de suas ideologias. “Quando Lula ganhou, em 2022, mandou um recado para Cristina [Kirchneri] e [Alberto] Fernández. Muitos o parabenizaram, inclusive de nossa aliança, mas eu não. E não o fiz porque ele tomou partido, e se ele não fala sobre nós, não vou falar sobre ele“, declarou.
Con el Foro Federal de Legisladores Provinciales del PRO reafirmamos el compromiso con el cambio y con nuestro partido. Estamos trabajando en equipo con la fuerza que el cambio necesita. pic.twitter.com/QpbC4okSBE
— Patricia Bullrich (@PatoBullrich) November 15, 2023
Para Bullrich, Massa não tem mais chances. Ela acredita que o último debate, que foi transmitido ao vivo no domingo (12), pode definir poucos votos na Argentina, e que o “não” ao kirchnerismo ou ao massismo é um “não” potente. “É difícil que alguém que nunca votaria em Massa agora vote porque o achou melhor no debate. Todos os antikirchneristas sentem que no debate Massa mostrou que, estando no poder, não tem limites. Isso, para os antikirchneristas é um limite, existe o medo de que Massa atropele a Justiça, avance com a corrupção, valores que para nós são importantes“, ponderou.