ANÁLISE - AL JAZEERA

Preços do petróleo continuarão a subir devido à guerra entre Israel e Hamas?

O colunista Erin Hale afirma que “os mercados estão abalados pelo receio de que o conflito possa levar a uma maior instabilidade regional”

Os preços do petróleo continuarão a subir em razão da guerra entre Israel e o Hamas?
(Crédito: Canva Fotos)

Os preços globais do petróleo dispararam desde que eclodiram os combates entre Israel e o Hamas, em meio a especulações sobre como o conflito poderia afetar a produção de energia no Oriente Médio.

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Nessa segunda-feira (9), o índice de referência global do petróleo tipo Brent subiu 4,2%, para US$ 88,15 o barril, enquanto o índice de referência norte-americano West Texas Intermediate subiu 4,3%, para US$ 86,38 por barril.

Os preços na terça-feira caíram ligeiramente, com o Brent e o West Texas Intermediate caindo 36 centavos e 35 centavos, respectivamente.

Embora nem Israel nem a sitiada Faixa de Gaza sejam produtores de petróleo significativos, os mercados têm sido abalados pelo receio de que o conflito possa levar a uma instabilidade regional mais ampla.

O Oriente Médio abriga alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, incluindo o Irã e a Arábia Saudita, bem como rotas de trânsito importantes, como o Estreito de Ormuz, que é conhecido como o mais importante “ponto de estrangulamento do petróleo” do mundo.

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“No muito curto prazo, apesar da reação especulativa que estamos a ver no mercado do petróleo, vejo que o risco ascendente para os preços do petróleo está realmente limitado a partir deste evento”, disse Mike Rothman, presidente e fundador da Cornerstone Analytics, à Al Jazeera.

Romanho disse que também não espera que o conflito tenha impacto na procura global e na produção da OPEP em longo prazo, embora outros fatores, como o declínio dos estoques de petróleo em outras partes do mundo, possam afetar os preços.

Dois fatores-chave a observar: se o conflito atrai o Irã ou o Hezbollah, um grupo armado baseado no Líbano que é aliado tanto do Hamas como do Irã.

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Na segunda-feira (9), o Hezbollah disse ter disparado uma série de foguetes depois que pelo menos três de seus membros foram mortos durante um bombardeio israelense em meio ao aumento das tensões na fronteira.

O Irã negou envolvimento no ataque surpresa do Hamas a Israel no sábado, após uma reportagem do Wall Street Journal que afirmava que autoridades de segurança iranianas ajudaram a planejar o ataque.

*A reportagem completa você encontra no site da Al Jazeera

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