
A forte onda de calor que atinge o sul de Espanha, na cidade de Sevilha, foi batizada como Zoe, a primeira a ser nomeada no mundo. Após os termômetros marcarem 43ºC , um novo recorde de temperatura máxima foi registrado e chegou a ser classificado como “categoria 3“, ou seja, o grau mais grave no novo sistema de classificação de ondas de calor de Sevilha.
A gestão municipal lançou no mês passado um programa-piloto para monitorar as ondas de calor e nomear os fenômenos, similar ao que acontece com os furacões. No entanto, além de Zoe, outros quatro fenômenos foram definidos como: Yago, Xenia, Wenceslao e Vega, seguindo a ordem alfabética invertida.
Em nota, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) disse que não há planos para criação de um sistema oficial para nomear este tipo de evento climático. “Atualmente, não há nenhum sistema ou protocolo internacional acordado para nomear ou coordenar a nomeação de eventos de ondas de calor”, disse o órgão. A Instituição complementou dizendo que “o que foi estabelecido para eventos de ciclones tropicais pode não necessariamente se traduzir facilmente em ondas de calor. Deve-se ter cuidado ao comparar ou aplicar lições ou protocolos de um tipo de perigo para outro, devido às diferenças importantes na natureza física e nos impactos de tempestades e ondas de calor”.
De acordo com o Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia, o mês de junho foi o segundo mais quente já registrado na Europa. Além de Sevilha, outras cidades da Espanha quebraram recordes de temperaturas, resultando em incêndios florestais. O surgimento do novo programa de nomenclatura tem o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos da forte onda de calor.
Incêndios florestais atingem Portugal, Espanha e França em meio a onda de calor.
Deste terça-feira, as temperaturas chegaram a 47°C em Portugal e acima de 40°C na Espanha. Mais de 300 pessoas já morreram por causa do calor nos dois países.
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