cogita renúncia

Primeiro-ministro da Espanha cancela agenda para “refletir” sobre mandato

A decisão vem no mesmo dia em que a Justiça abriu um processo acusando a esposa de Pedro Sánchez de corrupção

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou, nesta quarta-feira (24), que suspenderá os compromissos de sua agenda até a semana que vem para "parar e refletir" sobre seu papel na política espanhola.
Pedro Sánchez deve pronunciar-se em 29 de abril – Créditos: Bloomberg

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou, nesta quarta-feira (24), que suspenderá os compromissos de sua agenda até a semana que vem para “parar e refletir” sobre seu papel na política espanhola. O político afirmou que precisa de uma “resposta”, se deve “continuar comandando o país ou renunciar a essa honra”.

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Mais cedo nesta quarta-feira, um juiz abriu um processo contra a esposa do primeiro-ministro, Begoña Gómez, que a acusa de receber dinheiro de empresas privadas para favorecê-las na concessão de subsídios. A denúncia partiu do movimento anticorrupção Manos Limpias (Mãos Limpas, em português), utilizando como provas notícias de diversos veículos da imprensa espanhola.

“Este ataque é sem precedentes e tão sério que eu preciso parar e refletir com minha esposa”, disse Sánchez. No documento, ele também ressalta o fato de que o líder da campanha Manos Limpias é “ultradireitista”, questionando a veracidade dos artigos utilizados na denúncia.

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Quem é o primeiro-ministro da Espanha?

Pedro Sánchez está no maior cargo espanhol desde 2018. Ele também é secretário-geral do Partido dos Trabalhadores Socialistas da Espanha (PSOE, em espanhol) desde 2017. Além disso, foi eleito presidente da Internacional Socialista em novembro de 2022.

Após um escândalo de corrupção envolvendo membros do Partido Popular (PP), inclusive o então primeiro-ministro Mariano Rajoy, o PSOE encaminhou um pedido para destituí-lo do poder, indicando Sánchez para ocupar o cargo.

Após um ano, em 2019, Pedro Sánchez eventualmente ganharia as eleições gerais e estenderia seu mandato até 2023. Ele confirmou seu terceiro mandato no fim do ano passado, quando formou uma coalizão governamental.

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