
O argentino Diego Hernan Dirísio é considerado pela Polícia Federal como o maior contrabandista de armas da América do Sul. Nesta terça-feira (05), ele foi o principal alvo de uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), movimentando a cifra de R$ 1,2 bilhão.
Segundo apuração da PF, Dirísio realizava a venda das armas por meio da empresa IAS, com sede no Paraguai.
“Ele é o dono da empresa, que coordena todas as atuações da empresa, fazia as tratativas diretas para a venda e revenda com ciência de que essas armas deveriam ser raspadas e destinadas ao crime organizado. Isso foi provado na investigação e essa foi a maior dificuldade no início da operação”, disse o superintendente da PF, Flávio Albergaria.
🚔 Péssimo dia para o crime organizado. A @policiafederal deflagrou nesta terça-feira (5) a Operação Dakovo de combate ao tráfico internacional de armas. Os governos do Brasil e do Paraguai atuaram em conjunto e já foram executadas 19 prisões, nos dois países.
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— SecomVc (@secomvc) December 5, 2023
A Justiça da Bahia conduz a operação contra o grupo de contrabandistas e determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol. E se caso forem presos, sejam extraditados para o Brasil.
“Ele era o comandante da principal empresa importadora de armas da Europa. Esse era o papel dele e nós estamos tentando localizá-lo no Paraguai”, contou o superintendente da PF.
A Polícia Federal fez buscas na casa do argentino, em Assunção, na capital do Paraguai, mas ele não foi encontrado.
De acordo com a jornalista Andréia Sadi, Dirísio fugiu e ainda não foi encontrado.
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5) uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país, movimentando R$ 1,2 bilhão.
O argentino Diego Hernan Dirísio comprava armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, para revender a criminosos brasileiros.