Craig Mokhiber é diretor na área de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele renunciou ao cargo devido ao que classificou como “genocídio” na Faixa de Gaza, no qual a ONU não conseguiu impedir.
Mokhiber acusou os Estados Unidos, Reino Unido e os países europeus a darem cobertura política e diplomática às “atrocidades” cometidas por Israel.
O diretor do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU em Nova York, disse em uma carta que Gaza é um caso clássico de genocídio.
🇪🇬 Egito coloca tanques e veículos blindados próximo à fronteira de Rafah com Gaza, informa a imprensa israelense.
O país teme a chegada de milhares de refugiados e tem mantido a fronteira praticamente fechada, permitindo apenas a entrada de caminhões de ajuda humanitária em…
— Eixo Político (@eixopolitico) October 31, 2023
No documento, Mokhiber afirmou que viveu na região, trabalhando na área de direitos humanos para as Nações Unidas nos anos 1990.
Na carta, que começou com uma declaração reconhecendo que seria a sua última comunicação oficial na sua posição, Mokhiber escreveu que após testemunhar o que aconteceu em Ruanda, na Bósnia e com os civis Rohingya em Mianmar, a ONU falhou repetidamente em impedir um genocídio.
“Alto Comissário, estamos falhando novamente”, acrescentou.
A carta foi enviada ao chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, em Genebra.
O secretário de imprensa do secretário-geral da ONU ressaltou que Mokhiber se aposentará a partir desta terça-feira (31).
Nas redes, o chefe dos direitos humanos da ONU publicou: “O deslocamento, o trauma e a perda de vidas inocentes são tragédias insuportáveis e evitáveis.”
Displacement, trauma, loss of innocent life are unbearable, preventable tragedies.
As conflicts rage, let’s remember: lines that divide us may feel deep, but they are human-made. There is no them, only we: Humanity.
Choose dialogue. Choose empathy. Choose peace & #Act4RightsNow pic.twitter.com/RAu78OA1ZP
— Volker Türk (@volker_turk) October 30, 2023