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Quem são os Houthis, grupo aliado do Hamas que ataca navios no Mar Vermelho?

A facção rebelde islâmica surgiu como organização militar em 1990 para combater o governo do então presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh

Quem são os Houthis, grupo aliado do Hamas que ataca navios no Mar Vermelho?
Rebeldes houthis, do Iêmen – Crédito: Getty Images

Os rebeldes Houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, estão intensificando os seus ataques a navios no Mar Vermelho. Eles dizem ser uma vingança contra Israel pela sua campanha militar em Gaza.

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Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ataques aéreos contra os rebeldes no Iêmen durante a madrugada de sexta-feira (12), pelo horário local, noite de quinta-feira (11), no Brasil. Veja o vídeo abaixo:

O grupo rebelde islâmico surgiu como organização em 1990 para combater o governo do então presidente Ali Abdullah Saleh. Liderados por Houssein al Houthi, os primeiros integrantes do grupo eram do norte do Iêmen e faziam parte de uma minoria muçulmana xiita do país, os zaiditas.

Os houthis ganharam musculatura com o passar dos anos, principalmente após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Clamando frases como “Morte aos Estados Unidos”, “Morte a Israel”, “Maldição sobre os judeus” e “Vitória ao Islã”, o grupo não demorou para se declarar parte do “eixo da resistência” liderado pelo Irã contra Israel e o Ocidente.

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A guerra do Iêmen começou quando os houthis saíram do norte do país e tomaram a capital, Sanaa, em 2014, forçando o governo reconhecido pela comunidade internacional a fugir para o sul e depois para o exílio.

A Arábia Saudita entrou na guerra em 2015, liderando uma coalizão militar com os Emirados Árabes Unidos e outras nações árabes. O grupo, apoiado pelos Estados Unidos, realizou uma campanha de bombardeios destrutivos e apoia as forças governamentais e as milícias no sul do território iemenita.

Com o passar do tempo, o conflito se tornou uma guerra indireta entre Arábia Saudita e Irã e seus respectivos apoiadores. Por exemplo, de acordo com um relatório publicado em janeiro de 2023, armas fornecidas pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos e usadas pela coalizão mataram dezenas de pessoas no conflito.

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