O Reino Unido está aumentando seu fornecimento bélico para a Ucrânia visando conter ”novos atos de agressão da Rússia”, disse o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, nesta quarta-feira (9).
Wallace disse que o “fornecimento inicial seria de 2.000 armas antitanque New Light, armas pequenas e munições”, mas isso foi aumentado e o Reino Unido continuará entregando mais armamento a Ucrânia.
O Reino Unido já forneceu 3.615 armas antitanque para a Ucrânia e em breve também fornecerá uma pequena remessa de mísseis antitanque Javelin, afirmou o ministro a parlamentares.
“Em breve iniciaremos a entrega de pequenas remessas de mísseis antitanque Javelin”, disse ele, acrescentando que todas as armas são consideradas “sistemas defensivos” e são “calibradas para não escalar a um nível estratégico”.
O Reino Unido também está considerando fornecer à Ucrânia mísseis antiaéreos de alta velocidade. O ministério da defesa britânico acredita que esse sistema “se manterá dentro da definição de armas defensivas, mas permitirá que a força credenciada defenda melhor seus céus”.
O míssil antitanque NLAW em ação na Ucrânia. Antes da invasão russa o Reino Unido tinha fornecido 2 mil lançadores/mísseis p/os ucranianos, mas suspeita-se que desde o início das hostilidades os britânicos já tenham fornecido outros 1.500. pic.twitter.com/bLftXo6qXG
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) March 8, 2022
Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.