Gaza

Resolução de ‘cessar-fogo’ dos EUA não passa no Conselho de Segurança da ONU após veto de Rússia e China

Além deles, a Argélia também votou contra a proposta

cessar-fogo
o Conselho discutirá outra resolução – Créditos: Reprodução/IDF

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas não aprovou a resolução de um cessar-fogo imediato em Gaza apresentada pelos EUA. Rússia e China vetaram a proposta nesta sexta-feira (22).

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Votação

Nesta quinta-feira (21), os Estados Unidos elaboraram uma proposta de cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas e libertação de reféns. O Conselho de Segurança decidiu que realizaria a votação no dia seguinte.

Dos 14 países presentes na reunião, Rússia, China e Argélia foram os únicos que votaram contra a proposta. Entretanto, como Rússia e China são membros permanentes do Conselho de Segurança, possuem poder de veto. Consequentemente, sua decisão barrou a proposta de continuar sendo discutida.

Ainda hoje, o Conselho discutirá outra resolução sobre a guerra na Faixa de Gaza. O grupo E-10, de dez países rotativos no conselho, defende que ambos os lados suspendam os ataques durante o Ramadã, período sagrado na região Islã. O mês especial começou no dia 10 e vai até 9 de abril.

Mudança de planos

A resolução dos EUA evidencia uma mudança de postura em Washington. Até pouco tempo atrás, os norte-americanos vinham utilizado seu poder de veto no Conselho para suspender propostas de cessar-fogo por conta de uma aliança com Israel. Porém, o presidente Joe Biden acredita que o número de civis palestinos mortos está se tornando alto demais.

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No início de março, Biden afirmou que a postura do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está “prejudicando mais do que ajudando” Israel. “Ele tem o direito de defender Israel, o direito de continuar perseguindo o Hamas, mas ele precisa prestar mais atenção às vidas inocentes que estão sendo perdidas como consequência das ações tomadas“, declarou.

Pedido de cessar-fogo pelos EUA

Quem divulgou a resolução do país quanto à paralisação da guerra foi o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Durante uma viagem para a Arábia Saudita, disse: “Acabamos de apresentar uma resolução perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela a um cessar-fogo imediato ligado à libertação de reféns. Claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender, de garantir que o 7 de Outubro nunca mais aconteça. Mas, ao mesmo tempo, é imperativo que nos concentremos nos civis que estão em perigo e que sofrem tão terrivelmente”.

Blinken está visitando a Arábia Saudita para discutir a guerra entre Israel e o Hamas. Os Estados Unidos querem trabalhar com o Egito e o Catar para elaborar um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas com libertação de reféns.

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