
Em reunião com os países do G7 nesta terça-feira (110, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu aos líderes do grupo de países que intensifiquem esforços para criar um “escudo aéreo” para o seu país. Segundo Zelensky, ter uma forma de conter os ataques de mísseis russos seria uma elemento chave para alcançar a “fórmula da paz.”
“Quando a Ucrânia receber um número suficiente de sistemas de defesa aérea modernos e eficazes, os ataques com mísseis –elemento-chave do terror russo– deixarão de funcionar”, afirmou Zelensky.
O presidente ucraniano continuou insistindo durante a reunião na ideia da Rússia como um “Estado terrorista”. Zelensky pediu, além do escudo aéreo, que a comunidade internacional adote mais rigidez em suas sanções contra o petróleo e gás russos. “Temos que responder de forma simétrica: quando a Rússia ataca o setor energético e a estabilidade energética dos nossos países, devemos bloquear o seu setor energético com sanções. Quebrar a estabilidade das receitas russas de petróleo e comércio de gás. É necessário um teto de preço rígido para as exportações de petróleo e gás da Rússia –lucro zero para o Estado terrorista”, disse.
Zelensky: “We are dealing with terrorists. Dozens of rockets, Iranian suicide drones. They have two aims. Energy infrastructure across the whole country…. The other aim is people. They have chosen the time and targets to harm as many as possible.” pic.twitter.com/E5GCnjnITb
— Oliver Carroll (@olliecarroll) October 10, 2022
A ideia de uma conversa com Vladimir Putin para negociar uma trégua no futuro também foi descartada. Zelensky manteve o posicionamento que vem adotando desde a anexação de regiões de seus país pela Rússia, afirmando que não irá negociar enquanto Putin for presidente.
A Bielorrússia, país que faz fronteira com a Ucrânia pelo norte, também foi trazida como tema. Segundo Zelensky, ele teme que o país seja persuadido por Putin para se juntar à invasão. Na segunda-feira (10), o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko anunciou que o seu país e a Rússia formarão uma força-tarefa militar conjunta.
Em comunicado, os líderes dos países membros do G7 prometeram responsabilizar Putin pela guerra contra a Ucrânia. “Os ataques indiscriminados contra populações civis inocentes constituem um crime de guerra das forças russas”, afirmaram. Também foi prometido à Ucrânia apoio “pelo tempo que for necessário.“