A Organização das Nações Unidas emitiu um comunicado alertando que a Somália está passando por um período de fome que pode ser o pior dos últimos 50 anos, com 7,8 milhões de pessoas afetadas e pelo menos 213 mil em situações de alto risco.
Segundo a agência de notícias Al Jazeera, o porta-voz das Nações Unidas, James Elder, afirmou que “as coisas estão ruins e todos os sinais indicam que elas ficarão piores.”
Até agosto deste ano, 44 mil crianças já tiveram que receber atendimento médico por casos severos de má nutrição. “Isso é uma criança por minuto. Uma criança cuja a mão passou dias andando para buscar ajuda para seu filho“, disse Elder.
A nova fome na Somália é consequência de quatro colheitas fracassadas seguidas desde 2020, devido a chuvas insuficientes nas fazendas. As autoridades do país agora temem que uma quinta frustração esteja a caminho.
A última grande fome enfrentada no país africano ocorreu em 2011, após 3 tentativas de colheitas. Na época, 260 mil pessoas morreram em decorrência da crise. Desta vez, em 2022, a população afetada dobrou.
Segundo a Al Jazeera, o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários estimou que são necessários fundos de ate US$2,26 bilhões para reverter a situação, sendo 80% deste valor apenas para combater o impacto da seca.