APÓS REPERCUSSÃO

Em vídeo, Bolsonaro pede desculpa a venezuelanas

Ao lado da primeira-dama e da embaixadora da Venezuela, presidente culpa opositores por “má-fé” ao “tirarem suas palavras de contexto”.

(Crédito: Reprodução/ Campanha Jair Bolsonaro)

Após repercussão da fala sobre imigrantes venezuelanas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um pedido de desculpas por suas falas, em um video ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da embaixadora da Venezuela, María Teresa Belandria.

Publicidade

No video veiculado nesta terça-feira (18), Bolsonaro defende que suas palavras foram tiradas de contexto “por má-fé” e se diz indignado com “as últimas ações de alguns militantes de esquerda”.

“Se as minhas palavras, que por má-fé foram tiradas de contexto de alguma forma, foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpa, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo”, afirmou o candidato à reeleição.

“As palavras que eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis”, esclareceu Bolsonaro.

O presidente ainda afirma que as  jovens eram “trabalhadoras” e que a primeira-dama Michelle, a venezuelana María Teresa Belandria e a ex-ministra Damares Alves estiveram com as venezuelanas.

Publicidade

“A dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras”, afirma Bolsonaro.

O caso aconteceu em 14 de outubro, durante uma entrevista no podcast do canal Paparazzo Rubro-Negro.  Em determinado momento da conversa, o atual presidente diz que “pintou um clima” ao passar de moto em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, e que as meninas se arrumavam para “ganhar a vida”.

“Eu parei a moto em uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, 3, 4, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas em um sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’. Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, disse.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.