GUERRA

Sul do Líbano: sobe para nove o total de soldados israelenses mortos

O oficial, identificado como Ben Zion Falach, tinha 21 anos e servia no 202º Batalhão da Brigada de Paraquedistas

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Ben Zion Falach, soldado isralense – Créditos: Reprodução/Bluesky

Em meio a um panorama já carregado de tensões, o Oriente Médio viu recentemente um aumento na intensidade dos confrontos, com a morte de mais um oficial militar israelense durante combates no sul do Líbano. Esse evento marca o nono militar israelense a perder a vida desde o início de uma ofensiva terrestre por Israel contra o Hezbollah na região. O oficial, identificado como Ben Zion Falach, tinha 21 anos e servia no 202º Batalhão da Brigada de Paraquedistas. A morte de mais um dentre os soldados israelenses acende um alerta sobre os complexos desdobramentos dos conflitos regionais.

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O início de outubro foi palco de uma série de eventos que exacerbaram ainda mais as tensões na região. Um ataque com mísseis do Irã contra Israel, ocorrido no dia 1º, sinalizou uma nova etapa no conflito em curso. Este ataque foi interpretado como uma resposta à ofensiva terrestre de Israel no Líbano e à morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. A guerra se tornou ainda mais multifacetada, influenciada por uma intrincada teia de alianças e rivalidades políticas.

#UPDATE The Israeli army on Thursday said its death toll from fighting in southern Lebanon rose to nine.

“Captain Ben Zion Falach, aged 21… fell yesterday (Wednesday), during combat in southern Lebanon,” the army said in a statement.

— 🤖 AFP News (unofficial) (@afp-bot.bsky.social) October 3, 2024 at 2:36 PM

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Escalada do conflito entre Israel e Irã

Com a intensificação dos conflitos, Israel se vê atualmente lutando em várias frentes. Sob o respaldo dos Estados Unidos, as forças israelenses enfrentam não apenas o Hezbollah no Líbano, mas também grupos militantes na Cisjordânia e no Gaza. Esses conflitos são frequentemente alimentados por suporte militar e financeiro de países como o Irã, que tem sido um ator central no apoio ao chamado ‘Eixo da Resistência’.

No total, existem sete frentes de conflito ativas, incluindo a República Islâmica do Irã, o Hamas na Faixa de Gaza, e diversos grupos militantes de ideologia similar presentes em países como Síria, Iêmen, e Iraque. As ações israelenses variam entre operações terrestres, como a lançada no Líbano, até bombardeios aéreos que têm sido uma constante nas demais frentes.

A operação israelense que começou no dia 30 de setembro, e que resultou na morte de Falach, é parte de uma estratégia de resposta coordenada após o assassinato de Hassan Nasrallah. Este movimento gerou reações em cadeia, incluindo o disparo de mísseis pelo Irã em direção a Israel, o que só agrava a situação já delicada. Este ataque iraniano, relatado pelos serviços de defesa israelenses e enfatizado por alertas em locais como Tel Aviv, demonstra o risco crescente de uma escalada regional ainda maior.

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Um detalhe crucial neste contexto é a resposta de líderes brasileiros e internacionais. O Itamaraty condenou os recentes episódios de violência e solicitou o fim das hostilidades, principalmente devido à morte de dois adolescentes brasileiros nos confrontos. Ademais, o governo brasileiro já se organiza para facilitar a retirada de cidadãos brasileiros presentes no Líbano, evidenciando a preocupação global com os desdobramentos do conflito.

Operações e repercussões no terreno

No campo de batalha, Israel tem mantido operações contínuas para enfraquecer as organizações militantes. Na Faixa de Gaza, a tentativa de eliminar o Hamas tem sido intensa, especialmente após um ataque que resultou em mais de 1.200 mortos até agora. Essas ações militares têm gerado um elevado número de vítimas, com estatísticas do Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas apontando mais de 40 mil palestinos mortos.

A situação é ainda mais complicada na Cisjordânia, onde as forças israelenses buscam desmantelar células opositoras à ocupação territorial. Os militares visam principalmente a neutralização de grupos que se opõem à presença israelense desde a escalada do conflito. Paralelamente, na Faixa de Gaza, líderes do Hamas, como Yahya Sinwar, continuam a operar clandestinamente, usando túneis como redes de segurança e esconderijo.

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