O jornal “The New York Times” anunciou nesta terça-feira(8) a saída temporária de seus correspondentes da Rússia por segurança, após a entrada em vigor de uma lei que condena até 15 anos de prisão por qualquer informação “enganosa” sobre a invasão da Ucrânia.
No entanto, em um breve comunicado enviado à AFP, o jornal afirma que manterá sua ”poderosa cobertura ao vivo e pretende continuar relatando rigorosamente a ofensiva da Rússia na Ucrânia e as tentativas de sufocar o jornalismo independente”.
O chefe do ”The New York Times” na Rússia, Anton Troianovski, afirmou em seu twitter que ”a nova lei da Rússia que efetivamente criminaliza reportagens independentes sobre a guerra na Ucrânia levou o Times a tomar a decisão extremamente difícil de retirar temporariamente funcionários do país. Esperamos voltar o mais breve possível.”
Russia’s new law effectively criminalizing independent reporting about the war in Ukraine has prompted The Times to make the extremely difficult decision to move staff out of the country temporarily. We look forward to being back as soon as possible. https://t.co/wCzQuelxAt
— Anton Troianovski (@antontroian) March 8, 2022
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
A Ucrânia foi invadida pela Rússia na quarta-feira (23). O exército russo avança pelas regiões da fronteira em direção às principais cidades ucranianas. Kiev e Kharkiv são os principais alvos das tropas russas.
O exército russo também ganha terreno no litoral e já conquistou pelo menos uma cidade portuária.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.