VIOLÊNCIA

Triplo feminicídio no Equador: jovens foram torturadas e degoladas

As mulheres tinham entre 19 e 22 anos; seus corpos foram encontrados em avançado estado de decomposição.

Triplo feminicídio no Equador: jovens foram torturadas e degoladas
Yuliana Macías, Nayeli Tapia e Denisse Reyna foram vítimas de feminicídio em uma zona rural do Equador (Crédito Foto: Reprodução Mídias Sociais)

Um triplo feminicídio deixou o Equador em choque. Três mulheres foram assassinadas e seus corpos foram abandonados às margens do rio Esmeraldas, em Quinindé, a segunda cidade mais populosa da província de Esmeraldas, no norte do país.

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As jovens Nayeli Tapia , Denisse Reyna e Yuliana Macías deixaram suas casas na terça-feira (04) e desde então seu paradeiro era desconhecido. Agentes criminalísticos e médicos legistas relataram que as mulheres foram torturadas e também tiveram suas gargantas cortadas (degoladas).

Os corpos das jovens foram encontrados por alguns pescadores. Eles notaram que um cão farejava a terra e sentiram um odor muito forte de decomposição. As mulheres foram algemadas e tiveram as bocas tapadas. “Eles eram jovens, tinham roupa de praia, maiô, roupa leve, bermuda”, disse Diego Velasteguí , adjunto do comando distrital da Polícia de Quinindé.

As famílias das vítimas exigem que as autoridades investiguem o caso. Em meio a imensa incerteza e dor, as três mulheres foram enterradas.

Segundo Paulina Rueda, tia de Yuliana Macías, em entrevista ao jornal El Universo, sua sobrinha se dedicava à música e era conhecida por seu nome artístico: Síria, a deusa grega. Rueda disse que os familiares não sabiam do paradeiro das jovens desde 04 de abril, quando deixaram Santo Domingo de los Tsáchilas , a 84 quilômetros de onde foram encontrados os corpos. Elas iriam à praia com alguns amigos, segundo revelou o oficial da Zona Policial de Santo Domingo, Jhofre García para Primicias.

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“A única coisa que queremos é justiça e que, se alguém souber, denuncie quem é o culpado deste horrível feminicídio, porque são três feminicídios em um único dia”, disse a tia de Yuliana Macías à mídia local.

Segundo as investigações iniciais, presume-se que as mulheres foram assassinadas em Malimpia, uma freguesia rural de Quinindé, com pouco mais de 17.000 habitantes.

Junto aos cadáveres, a polícia encontrou um celular que foi encaminhado à perícia: “É mais uma prova que a unidade da Dinased tem em mãos para continuar com as investigações do triplo homicídio”, disse um dos agentes. Conforme relato dos familiares das jovens, uma delas postou uma foto de seus amigos na terça-feira (04), por volta das 20h.

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Quem eram as três mulheres vítimas de feminicídio

Nayeli Tapia, 22 anos, natural de Quito (capital do Equador), cresceu em Santo Domingo de los Tsáchilas. Ela tentava a carreira de modelo. Yuliana Macías, 21 anos, estudou canto e se apresentava de forma independente. Ela tinha participado de um grupo musical conhecido como Las Diablitas. A mais nova, Denisse Reyna, de 19 anos, cursava o terceiro semestre do curso Agrícola na Universidade Técnica Estadual de Quevedo.

A Procuradoria Geral do Estado informou que o protocolo de investigação de Feminicídios e outras Mortes Violentas de Mulheres e Meninas foi acionado com o objetivo de esclarecer a causa da morte das três mulheres, cujos corpos foram encontrados com sinais de violência.

A tia de Macías declarou à mídia que os familiares das jovens receberam ameaças por exigir justiça: “Irei até as últimas consequências, apesar de que desde ontem minha vida está em perigo”, disse ela à Ecuavisa.

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