EUROPA

Ursula von der Leyen é reeleita como presidente da Comissão Europeia

A política teve 401 votos, principalmente devido a sua aliança com a bancada ambientalista, que apoia suas políticas a favor da sustentabilidade

von der Leyen teve 401 votos devido a sua aliança com a bancada ambientalista, que apoia suas políticas à favor da sustentabilidade.
Seu mandato terá duração de mais cinco anos – Créditos: Getty Images

Em votação nesta quinta-feira (18) no Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen foi eleita para seu segundo mandato à frente da Comissão Europeia. Seu mandato terá duração de cinco anos e a política enfrentará uma crescente ascensão da extrema-direita nos governos europeus.

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Antes da votação, que foi realizada em Estrasburgo, na França, von der Leyen apresentou suas principais promessas, voltadas para o investimento industrial e na infraestrutura da Europa, além de reforçar seu compromisso com a transição verde, ao investir em sustentabilidade nos países.

A política alemã foi eleita com 401 votos, contra os 284 contra, 15 abstenções e sete votos nulos. Sua reeleição já estava marcada como certa, devido a uma aliança com a bancada ambientalista, que apoia von der Leyen pela sua posição a favor da sustentabilidade. Em 2019, ela já havia se tornado a primeira mulher a presidir o Executivo europeu.

A reeleição de Von der Leyen ocorre em um momento crítico, onde o espectro político europeu vê o crescimento de facções extremistas. Aparentemente, sua liderança durante crises como a pandemia de Covid-19 e a agressão russa à Ucrânia consolidou sua posição como uma liderança firme e necessária, apoiada pela maior parte dos parlamentares europeus.

Quais as principais promessas de Von der Leyen?

A principal promessa de Von der Leyen está relacionada à bancada ambientalista. Em seu primeiro mandato, a política já havia conquistado o Pacto Verde, que permanece em curso e visa descarbonizar as indústrias e transportes do continente. Os críticos da alemã alegam que esta medida coloca muitas imposições às empresas e aos agricultores.

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Sua nova proposta é que até 2040 a Europa conquistará uma redução líquida de 90% das emissões, visando combater as mudanças climáticas. Além disso, ela reafirmou o compromisso com o uso de combustíveis sintéticos em automóveis para 2035. Porém, von der Leyen também afirmou que se manterá alinhada com o interesse dos agricultores, uma das exigências dos parlamentares conservadores.

A política também defendeu uma “Europa forte” em um “período de grande ansiedade e incerteza” diante de “demagogos e extremistas que destroem o nosso modo de vida europeu”. Em relação à imigração, tópico de muita discordância dentro da Câmara, ela prometeu fortalecer a Frontex (agência responsável pelas fronteiras) e triplicar o número de guardas costeiros.

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