suposta fraude eleitoral

Venezuela: oposição não reconhece perícia da Justiça sobre eleição

Posicionamento foi divulgado enquanto se aguarda a decisão final do Supremo venezuelano sobre votação eleitoral do dia 28 de julho

A coalizão opositora declarou que não reconhece a autoridade do TTSJ do país para solucionar o impasse em torno da eleição presidencial.
País aguarda sentença definitiva sobre resultado da eleição – Crédito: Getty Images

A coalizão opositora venezuelana, reunida na Plataforma Unitária, declarou nesta quarta-feira (21) que não reconhece a autoridade da Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país para solucionar o impasse em torno da eleição presidencial realizada em 28 de julho.

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“A Sala Eleitoral do TSJ não pode atribuir-se as funções e faculdades do órgão eleitoral porque não lhes competem”, afirma a nota, destacando que o Supremo estaria desrespeitando a “separação dos Poderes [o Poder Eleitoral é separado do Poder Judiciário]” e “usurpando o papel exclusivo do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O posicionamento da oposição foi divulgado enquanto se aguarda a decisão final do Supremo venezuelano sobre a eleição do dia 28 de julho, prevista para ser anunciada nos próximos dias.

Segundo a reportagem da Agência Brasil, o comunicado da oposição também afirma que qualquer sentença da Sala Eleitoral que venha a validar a fraude eleitoral seria “ineficaz e nula” e adverte que, ao fazê-lo, os magistrados do TSJ estariam “violando os direitos inalienáveis dos eleitores e poderiam ser responsabilizados penal, civil e administrativamente”.

Assinado por Edmundo González, María Corina Machado e pela Plataforma Unitária, o documento exige que o CNE publique as atas de apuração dos votos e reafirma que o vencedor legítimo da eleição foi Edmundo González, em oposição à proclamação do CNE que declarou a reeleição de Nicolás Maduro.

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A coalizão também expressa gratidão aos “países do mundo que têm manifestado a necessidade de uma auditoria internacional independente e confiável das atas, na sede do CNE e com a presença de representantes das forças políticas”.

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