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Zelensky em Davos: “Putin incorpora a guerra, ele não vai mudar”

“Todos devemos mudar para que a loucura que habita na cabeça desse homem, ou de qualquer outro agressor, não prevaleça”, disse o presidente

O Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês), sediado em Davos, na Suíça, acontece durante essa semana. Reunindo mais de 3.000 representantes de países e empresas, o evento anual oferece oportunidades únicas de diplomacia.
Presidente ucraniano busca apoio em seu combate à Rússia – Créditos: X/Reprodução

O Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês), sediado em Davos, na Suíça, acontece durante essa semana. Reunindo mais de 3.000 representantes de países e empresas, o evento anual oferece oportunidades únicas de diplomacia. Com essa mentalidade, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky discursou nesta terça-feira (16) para urgir ação contra a Rússia e sua invasão ao país vizinho.

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Putin incorpora a guerra, ele não vai mudar. Nós devemos mudar. Todos devemos mudar para que a loucura que habita na cabeça desse homem, ou de qualquer outro agressor, não prevaleça”, disse o presidente. Para ele a hesitação do mundo ocidental em tomar alguma decisão está tirando vidas e pode prolongar o conflito por anos.

Zelensky, percebendo que o apoio dos Estados Unidos ao país se defasou, direcionou-se aos europeus, com o aviso de que o presidente russo não vai parar na Ucrânia. “Se alguém acha que isso é apenas sobre a Ucrânia, está redondamente enganado. Possíveis direções e até uma linha do tempo de novas agressões russas ficam cada vez mais óbvias”.

Sobre o “congelamento” do conflito com as atuais linhas de guerra, Zelensky demonstrou oposição, afirmando que “Putin é um predador que não gosta de produtos congelados”.

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Líderes atrelados ao conflito demonstraram seu apoio à fala do presidente ucraniano. A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que “os ucranianos precisam de um financiamento determinado ao longo de 2024 e além. Eles precisam de um fornecimento de armas contínuo e suficiente para defender a Ucrânia e seu território legítimo”.

“Nós temos que apoiar a Ucrânia. Alguma hora, a Rússia vai entender que o preço que está pagando é muito alto e negociar uma paz justa, mas nós temos que apoiar a Ucrânia”, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

Após o discurso, Zelensky conversou particularmente com líderes de nações e empresas, como o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, Jens Stoltenberg, e investidores internacionais, como executivos do banco JPMorgan Chase.

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Putin responde

Horas depois do discurso de Zelensky, o presidente da Rússia Vladimir Putin, que não comparece ao fórum, manifestou-se em uma transmissão televisiva e afirmou que o exército russo ainda está em vantagem. Após um contra-ataque ucraniano sem sucesso, na tentativa de recuperar território no sul e leste, as forças da Ucrânia entram em uma posição mais defensiva.

“Não só a contraofensiva [ucraniana] fracassou, como a iniciativa está inteiramente nas mãos das Forças Armadas russas. Se isso continuar, a condição de Estado da Ucrânia poderá sofrer um golpe irreparável, um golpe grave”, disse o russo.

“Estão tentando mostrar que também podem fazer alguma coisa. Mas, em vez de resolver tarefas militares, agem de forma bárbara. Estão sendo lançados ataques contra locais pacíficos com armas indiscriminadas”, também destacou Putin, em referência a um ataque à cidade de Belgorod em 30 de dezembro, que matou 20 pessoas. A Rússia atribui a investida aos ucranianos.

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Putin também demonstrou rejeitar qualquer tentativa de paz, afirmando o avanço de “fórmulas proibitivas para o processo de paz”.

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