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Após ameaças de Musk, relator quer agilizar votação do PL das Fake News

A decisão de pautar qualquer projeto é exclusiva do presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL)

Após ameaças de Musk, relator quer agilizar votação do PL das Fake News
O deputado federal Orlando Silva, relator do PL de combate às Fake News – Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

O relator do PL das fake news, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), disse que vai requisitar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que seu projeto seja discutido na reunião do colégio de líderes nesta terça-feira (9), com o objetivo de levar o texto ao plenário da Câmara.

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A urgência acontece após o bilionário Elon Musk confrontar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e afirmar que vai descumprir decisões judiciais; com isto o Congresso pode acelerar a discussão do projeto que define as regras para as big techs no Brasil.

A decisão é exclusiva do presidente da Câmara, que monta a pauta após discutir com os líderes partidários. Apoiadores do projeto das fake news dizem que se aprovado, o PL pode ajudar a barrar os discursos de ódio na rede, a desinformação e conteúdos criminosos. Já os críticos, apontam o cerceamento da liberdade de expressão.

Musk e o projeto das fake news

O acalorado debate acerca do PL das fake news ganhou novos desenhos neste último fim de semana, após o empresário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, acusar Moraes de praticar censura no Brasil ao suspender determinadas contas na plataforma.

O empresário disse ainda que iria determinar o fim da proibição dessas contas — e, portanto, descumprir ordem judicial, o que pode acarretar na suspensão do serviço no país. E pediu a renúncia ou impeachment de Moraes.

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O Governo Federal e o ministro Alexandre de Moraes não comentaram as declarações do empresário. Na noite de sábado (6), o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, defendeu também no X a regulamentação “urgente” das redes sociais e criticou de forma indireta Musk: o nome do empresário não foi citado. Messias disse que “bilionários com domicílio no exterior” não podem ter controle de redes sociais e violar o Estado de Direito.

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