A Polícia Federal (PF) cumpre busca e apreensão nesta quarta-feira (25) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, por participação nos atos golpistas do 8 de janeiro. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Esta é a 19ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada ainda em janeiro. A etapa atual mira tanto os participantes dos atos golpistas quanto os incentivadores da ação. Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).
De acordo com a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes:
– abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
– golpe de Estado;
– dano qualificado;
– associação criminosa;
– incitação ao crime;
– destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido;
– crimes da lei de terrorismo.
Nas horas seguintes aos atos de vandalismo em Brasília, em janeiro, Léo Índio publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das postagens, ele aparece com os olhos vermelhos, segundo ele devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.
Em outro post, após a repercussão e em um ambiente que não parece ser a área central de Brasília, ele escreveu: “Muitos feridos, muitos socorridos. Patriotas não cometem vandalismo”.
Léo Índio, que se descreve em suas redes sociais como sobrinho de Bolsonaro, foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, porém não foi eleito. Ele também atuou como assessor do senador Chico Rodrigues (União-RR).
Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos alvos da operação de hoje da PF. A corporação cumpre um mandado de busca e apreensão contra ele. pic.twitter.com/to7vY5hsnf
— Renato Souza (@reporterenato) October 25, 2023
* Reportagem em atualização