DESARTICULAÇÃO DE OCUPAÇÕES

Bolsonaristas desmontam acampamento em frente ao QG no Rio

Supremo Tribunal Federal determinou a desmobilização de todos os acampamentos que pediam intervenção militar ou questionavam a lisura das eleições do ano passado.

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(Crédito Agência Brasil)

Os bolsonaristas que acampavam em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio de Janeiro, se retiraram nesta segunda-feira (09). As estruturas que ocupavam estavam montadas desde a semana posterior ao segundo o turno das eleições presidenciais, realizado em 30 de outubro. O grupo pedia um golpe de Estado às Forças Armadas, por não aceitar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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A desmobilização dos acampamentos golpistas foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), depois de um domingo de ataques classificados como terroristas às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, na Praça dos Três Poderes. Vestindo a camisa da seleção brasileira e bandeiras do Brasil, bolsonaristas invadiram os palácios dos três poderes, cometeram roubos e depredaram obras de arte, peças históricas e mobiliário.

Na manhã desta segunda-feira (9), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que a situação no estado é de paz e que a retirada do acampamento foi negociada entre o Comando Militar do Leste (CML) e os grupos acampados. Procurado pela Agência Brasil, o CML não se manifestou.

Apesar da declaração do governador, um fotógrafo foi agredido enquanto registrava a desmobilização do acampamento. Imagens da TV Globo mostram que o profissional, com a câmera nas mãos, foi cercado, ameaçado e agredido com tapas.

Ao longo do dia, os acampados desmontaram barracas e lonas, moveram pallets de madeira e gradis que eram usados para montar as barracas que compunham o acampamento. A estrutura contava ainda com banheiros químicos, baldes, galões e até uma caixa d’água. Um caminhão de mudança levava parte dos itens, enquanto um grupo realizou uma oração e cantou o hino nacional e cânticos religiosos.

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O acampamento dos bolsonaristas no Rio contava com diversas barracas e sinalizações improvisadas, com áreas de acesso “a pessoal autorizado” e até a indicação de “vias”, como uma Travessa Cássia Kis. A atriz esteve no acampamento mais de uma vez e rezou com os acampados que pediam intervenção das Forças Armadas no país.

Militares do Exército também estavam no local, incluindo a Polícia do Exército, e participavam do desmonte do acampamento, além de reposicionarem gradis na praça. O local fica entre o Panteão de Duque de Caxias e o Palácio Duque de Caxias, sede do CML.

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