Sem citar os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou em sua conta no Twitter uma conversa telefônica em que o líder da facção avisa ao interlocutor que “não tem diálogo com quem está na frente”.
– Lider da facção criminosa [irraaa] reclama de Jair Bolsonaro e revela que com o Partido dos [irruuu] o diálogo com o crime organizado era “cabuloso”. pic.twitter.com/isM2MzcHYI
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 19, 2022
No post, Bolsonaro substitui as palavras PCC por “irraaa” e Trabalhadores, de Partido dos Trabalhadores, por “irruuu”.
A publicação seria uma crítica, com boa dose de ironia, sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de determinar a exclusão de publicações nas redes sociais com notícias falsas envolvendo o PCC, o PT e o assassinato do então prefeito de Santo André Celso Daniel, no ano de 2002.
A decisão atinge conteúdos publicados em diversas plataformas e perfis, como o canal de YouTube “Dr. News”, o Instagram do senador Flávio Bolsonaro, o TikTok da deputada Carla Zambelli, entre outras.
Moraes destaca que “a liberdade do direito de voto depende da ampla liberdade de discussão, de maneira que deve ser garantida aos pré-candidatos, candidatos e seus apoiadores a ampla liberdade de expressão e de manifestação, possibilitando ao eleitor o pleno acesso às informações necessárias para o exercício da livre destinação de seu voto.”
Mas, faz uma ressalva quanto à Constituição Federal, que consagra “liberdade e responsabilidade não permitindo a utilização da liberdade de expressão como escudo protetivo para a prática de discursos de ódio, antidemocráticos, ameaças, agressões, infrações penais e toda a sorte de atividades ilícitas”.
E você? Acha que a retirada dos vídeos por meio de liminar é um tipo de censura?