QUEDA CONSIDERÁVEL

Brasil recua 10 posições em ranking que mede percepção sobre corrupção

O país ficou na 104ª posição em uma lista com 180 países pesquisados e obteve 36 pontos; na América Latina, Uruguai, Chile, Argentina e Cuba estão à frente

Brasil recua 10 posições em ranking que mede percepção sobre corrupção
Sede da Polícia Fderal, em Brasília (DF) – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil teve um recuo de 10 posições no ranking do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado nesta terça-feira (30) pela entidade Transparência Internacional. O país registrou 36 pontos e ficou na 104ª posição.

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O IPC mede como especialistas e empresários enxergam a integridade do setor público nos 180 países pesquisados. A nota vai de zero a 100, onde zero significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”.

Quanto mais alta a posição no ranking do Índice de Percepção da Corrupção, menos o país é considerado corrupto. O Brasil ficou, no ranking, com a mesma pontuação da Argélia, da Sérvia e da Ucrânia.

Entre as nações das Américas, o Brasil ficou atrás, por exemplo, de Uruguai (76 pontos), Chile (66 pontos), Cuba (42 pontos) e Argentina (37 pontos).

O Brasil ainda ficou dois pontos a menos do que no ano anterior (2022), abaixo da média global, que está em 43 pontos. Esta é a segunda pior pontuação recebida pelo Brasil desde que o índice é calculado. Nos anos de 2018 e 2019 o país obteve apenas 35 pontos.

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O país com a melhor classificação no ranking foi a Dinamarca, que teve 90 pontos. A Somália, na África, recebeu a menor nota da lista: 11 pontos.

Melhores posições no ranking:

  • Dinamarca (90 pontos)
  • Finlândia (87 pontos)
  • Nova Zelândia (85 pontos)
  • Noruega (84 pontos)
  • Cingapura (83 pontos)

Piores posições no ranking:

  • Iêmen (16 pontos)
  • Venezuela (13 pontos)
  • Síria (13 pontos)
  • Sudão do Sul (13 pontos)
  • Somália (11 pontos)

Para a Transparência Internacional, em 2023, o Brasil “falhou na reconstrução do pilar político de controle da corrupção”. Para introduzir a crítica, o relatório da entidade cita o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro como “um retrocesso no combate a corrupção no país”.

“Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser desmontados os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir”, esclareceu o texto.

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