O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCU-RJ) concedeu 360 dias de férias para os conselheiros Domingos Brazão e José Maurício Nolasco, em relação ao acúmulo do benefício entre os anos de 2017 e 2021, quando ambos não exerciam pois estavam afastados por corrupção e fraude.
Brazão e mais quatro conselheiros foram alvos da Operação Quinto do Ouro e afastaram-se de seus cargos em 2017, recebendo integralmente seus salários, porém sem a possibilidade de tirar férias. Em outubro de 2021, Brazão, após decisões favoráveis no STF, conseguiu retornas às suas funções.
O TCE-RJ, em sessão do Conselho Superior de Administração, ofereceu a ambos a conversão deste período de descanso em dinheiro. Como nenhum dos dois respondeu ainda, os valores não foram calculados. Entretanto, pode-se inferir que seja um mês de renda (no caso de Brazão, R$ 52, 6 mil) mais um terço do abono de férias.
“Se tenho direito, eu quero. Faço questão. Não abro mão dos meus direitos, mesmo que eu não precise desse dinheiro. Quero o que a lei manda, nada mais do que isso”, disse Domingos ao Globo.
O anúncio vem logo depois de Ronnie Lessa, culpado por assassinar a vereadora Marielle Franco, citar, em sua delação premiada, o envolvimento de Brazão como um dos mandantes do crime. O conselheiro do TCE diz estar tranquilo sobre a acusação. “Se tem alguém que já foi investigado nesse processo, chama-se Domingos Brazão”, afirma. “Depois da família da Marielle, posso te garantir que eu e a minha família somos os maiores interessados na elucidação desse caso”, completa.
ATENÇÃO: o Domingos Brazão deu entrevista ao portal Metrópoles e afirmou que a acusação contra ele é uma forma de esconder os verdadeiros mandantes do assassinato da Marielle Franco. Será que vem mais surpresas por aí? pic.twitter.com/ZE1FMHGDL7
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) January 23, 2024