A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados tem os principais pré-candidatos disputando votos do Centrão, dos partidos, além de tentarem o apoio do presidente Lula. O governo, no entanto, sinalizou que não se envolverá na refrega.
A “luta” pela presidência
A última semana foi marcada por demonstrações de força. Depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB), os deputados têm se reorganizado para fazer frente ao agora favorito.
Previamente, o que se esperava era que Lira apoiasse Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Com a mudança súbita, União e PSD se articulam para lançar uma candidatura única, concretizando uma aliança entre Elmar e Antônio Brito (PSD-BA), antes adversários diretos. O fato causou o acirramento da maratona por mais apoios.
De acordo com informações da GloboNews, se contar oficialmente com o apoio de Lira , Motta poderá obter os votos do PP e do PL, além dos “eleitores” de seu próprio partido. Com isso, o deputado do Republicanos deve receber até 186 votos. Vale ressaltar que o atual presidente da Casa ainda não fez um anúncio público de apoio.
Contabilidade dos votos
O próprio Motta, no entanto, diz já contabilizar até 320 votos. O deputado é visto como um dos herdeiros de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e tem se articulado para reunir os votos do Centrão.
Tanto Elmar quanto Brito contabilizam o apoio de União Brasil, PSD, PRD, PDT, Avante, Solidariedade e a federação PSDB/Cidadania. As siglas possuem 155 votos no total. Desta forma, os votos de dois partidos se tornam cruciais: MDB, com 44 deputados, e PT, com 68.
Apoio do governo Lula
Elmar se reuniu nesta semana com o presidente Lula. Também teve um encontro com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Brito também deve conversar com o Planalto. A estratégia no momento é mostrar que uma chapa entre Elmar e Brito pode ser mais próxima dos interesses do governo do que Motta.
Ver essa foto no Instagram