8 de janeiro

Comandante da Polícia Militar do DF é preso em operação contra atos golpistas

Os agentes cumprem sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão em regiões do DF

Crédito: Reprodução/TV Globo

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira (18), o atual Comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Klepter Rosa. Ele foi detido em operação que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro, quando manifestantes bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

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O ex-comandante da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira, também está entre os presos. Ele já havia sido preso em janeiro por suspeita de omissão diante dos ataques a prédios públicos.

As prisões aconteceram no âmbito da Operação Incúria, que é resultado da denúncia que o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, ofereceu nesta semana ao Supremo Tribunal Federal.

Coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF, Carlos Frederico Santos acusou os PMs de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, agravados pela violação a seus deveres funcionais.

“Investigações e análises conduzidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) constataram uma profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da PM do Distrito Federal denunciados, que se mostraram adeptos de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”, sustenta o subprocurador na denúncia.

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Com base na denúncia do MPF, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a PF a cumprir, além dos sete mandados judiciais de prisão preventiva, buscas e apreensões em endereços residenciais e de trabalho dos sete oficiais da PM. Moraes também determinou o bloqueio de bens e afastamento das funções públicas. Os mandados foram determinados no âmbito do Inquérito 4.923, que apura eventual omissão de autoridades públicas nos atos.

Em nota, a PMDF informou que a Corregedoria da Corporação acompanha o andamento da operação.

 * Reportagem em atualização

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