O instituto Datafolha monitorou, ao longo da última semana, a influência do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas disputas eleitorais para a prefeitura de quatro capitais. Os resultados indicam que grande parte dos eleitores rejeita candidatos indicados pelos dois políticos.
Em São Paulo, por exemplo, 63% dos entrevistados dizem que não votariam de jeito nenhum em um candidato indicado por Bolsonaro. Na cidade, o ex-presidente apoia Ricardo Nunes (MDB). Apenas 19% dizem que a indicação dele tem impacto na escolha. Para Lula, os números são ligeiramente melhores, mas ainda indicam uma rejeição significativa.
Na capital paulista, 48% dos eleitores afirmam que não votariam de maneira alguma em um candidato apadrinhado por Lula. Apenas 23% consideram o endosso do presidente um fator determinante na escolha, enquanto 25% dizem que talvez votem no indicado petista. A candidatura apoiada por Lula em São Paulo é a de Guilherme Boulos (PSOL).
Em comparação com levantamentos anteriores, Lula viu sua rejeição crescer e a parcela que “talvez votaria” em seu candidato diminuir consideravelmente. Apesar disso, a rejeição a Bolsonaro permanece estável, com pouca variação nos percentuais de intenção de voto.
Em quais capitais a influência de Lula e Bolsonaro é menor?
O cenário não é muito diferente no Rio de Janeiro. Os eleitores na cidade apresentam percentuais altos de rejeição a candidatos apadrinhados tanto por Lula quanto por Bolsonaro, refletindo um padrão observado em outras capitais. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais.
Em Belo Horizonte, a situação se repete. A maioria dos eleitores indica que não votaria de jeito nenhum em candidatos apoiados por Lula ou Bolsonaro. A pesquisa ouviu 910 moradores da capital mineira e revela uma rejeição significativa aos dois políticos.
Recife mostra cenário diferente
Recife é a única capital monitorada onde a influência de Lula possui uma melhor aceitação. Na cidade, 36% dos eleitores afirmam que o apoio do petista seria importante para sua escolha. Contudo, a rejeição ainda é considerável, ficando em 32%. Para Bolsonaro, a rejeição é maior do que nas outras três capitais, alcançando 64%.