ex-ajudante de bolsonaro

CPMI interroga Mauro Cid sobre visitas de Eduardo Pazuello e Fábio Wajngarten

Uma lista obtida por integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de janeiro mostra que Cid recebeu 73 visitas na prisão, entre elas, políticos, empresários, militares e advogados

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(Crédito: Reprodução)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas do dia 8 de janeiro ouve, nesta terça-feira (11), o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato (2019 a 2022). A senadora Eliziane Gama questionou o depoente sobre as visitas de outros ex-auxiliares de Bolsonaro, como o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, e Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

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Eu tive acesso a lista de visitantes que o senhor tem recebido. Agora ultimamente o senhor está recebendo mais familiares. Por que Eduardo Pazuello e Fábio Wajngarten estiveram em algumas visitas com o senhor?”, perguntou a senadora. Cid decidiu não responder.

Em seguida, após a pergunta, foi possível ouvir a voz de um parlamentar tentando interromper e falando, em tom de ironia, “visita íntima“. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) reclamou deste tipo de comportamento: “Dizer que é visita íntima é um desrespeito ao depoente. Destacaram aqui atrás. É importante que se mantenha a linha aqui”, reclamou Soraya.

O que pesa contra Mauro Cid?

Cid é apontado como um dos articuladores de uma conspiração para reverter o resultado eleitoral do ano passado, inclusive com planos de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com investigações da Polícia Federal, mensagens capturadas com autorização judicial após apreensão do celular de Cid evidenciam que ele reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

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Mauro Cid está detido desde 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a Covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente. Em seu telefone celular, peritos da Polícia Federal (PF) encontraram mensagens que ele trocou com outros militares e que, segundo deputados federais e senadores que integram a chamada CPMI do 8 de janeiro, reforçam a tese de que o grupo tramava um golpe.

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