REQUERIMENTO

Damares pede criação de comissão sobre exploração sexual na Ilha de Marajó

Senadora ressalta que há muitos casos de violência contra crianças e adolescentes na região e que os moradores estão cansados da situação

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) apresentou um requerimento à Mesa do Senado solicitando a criação de comissão com objetivo de visitar o arquipélago do Marajó, no estado do Pará, para acompanhar as investigações de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Senadora Damares Alves (Republicanos-DF) – Créditos: Roque de Sá / Agência Senado

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) apresentou um requerimento à Mesa do Senado solicitando a criação de comissão com objetivo de visitar o arquipélago do Marajó, no estado do Pará, para acompanhar as investigações de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.

Publicidade

Segundo Damares, “há muitos casos de violência na região e que os moradores estão cansados dessa situação”. Ela destacou o caso da menina Vanessa Maia, de 14 anos, que foi encontrada morta após ter sido torturada e estuprada na cidade de Melgaço, em 15 de março.

A senadora também destacou a importância do trabalho em conjunto das polícias civil e militar, que possibilitou o resgate do corpo e a identificação e prisão do responsável pelo crime.

Que Deus tenha piedade das crianças do Marajó! Que Deus tenha piedade das crianças do Brasil!  Nós temos o título de pior país da América do Sul onde nascer menina, e episódios como esse só reforçam esse nosso título”, disse. 

Damares também mencionou o atual ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, que defendeu em evento nesta terça-feira (19) que a Ilha de Marajó “não devia ser caracterizado apenas pelos problemas”. “Que o atual ministro de Direitos Humanos, que diz que não é negacionista, não o seja e tenha um olhar especial para o arquipélago do Marajó“, pontuou a senadora.

Publicidade

Silvio Almeida: negacionista?

Durante a participação no lançamento da Escola de Conselhos do Pará, em Breves, no Arquipélago do Marajó, Silvio Almeida afirmou que “a gente não nega que a realidade existe”.

“Não estamos aqui hoje pra falar que o Marajó não existe problemas. Tem pobreza, situação de fragilidade social muito grande, existem casos de abuso e exploração sexual infantil, mas o que não podemos aceitar é que uma região que tenha tantas possibilidades, seja caracterizada apenas pelos seus problemas”, ressaltou

Publicidade

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) destinou em 2023 R$ 1 milhão para a implantação da Escola de Conselhos no estado do Pará em 2023, sendo 50% para atividades formativas no Marajó e 50% para os demais municípios.

O projeto visa a formação e capacitação de conselheiros tutelares, conselheiros de direitos e outros profissionais envolvidos no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o objetivo de combater violações de direitos na região.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.