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‘Difícil aguentar o julgamento de quem sempre defendi’, diz Zambelli após fala de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apontou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) como uma das causas de sua derrota nas eleições de 2022.
Ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada Carla Zambelli – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante uma transmissão no podcast Inteligência Ltda., nesta segunda-feira (24), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apontou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) como uma das causas de sua derrota nas eleições de 2022. Em publicação no X (antigo Twitter), a parlamentar se disse decepcionada. “Enfrentar o julgamento dos inimigos é até suportável. Difícil é aguentar o julgamento das pessoas que sempre defendi e continuarei defendendo.”

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Ação de Zambelli com arma influenciou resultado da eleição?

A fala de Bolsonaro foi motivada pelo episódio em que Zambelli, na véspera do segundo turno, sacou uma arma e perseguiu um apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no bairro Jardins, em São Paulo. A cena, amplamente divulgada, virou símbolo da tensão no período eleitoral. “Aquela imagem, da forma com que foi usada, a Carla Zambelli perseguindo o cara. Aquilo teve gente falando: ‘Olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. A gente perdeu. São Paulo estava bem, né?”, disse o ex-presidente.

Por causa da ocorrência, Zambelli se tornou ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. O caso ganhou novo desdobramento nesta terça-feira (25), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão, com perda do mandato. No entanto, o julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Nunes Marques, e não há data para a conclusão.

A defesa da deputada recebeu com otimismo a interrupção do julgamento. Em nota, os advogados declararam que aguardam uma análise cuidadosa do processo. Eles esperam que Nunes Marques e os demais ministros “possam examinar minuciosamente o processo e constatar, como exposto nos memoriais encaminhados, que não pode prevalecer o voto condenatório proferido pelo Eminente Ministro Relator“.

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Leia também: TRE-SP cassa mandato e torna Carla Zambelli inelegível por 8 anos

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