O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) defendeu disputar prévias partidárias contra Marta Suplicy, sua ex-mulher, para definir quem será o vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) na eleição à Prefeitura de São Paulo em outubro deste ano.
À Folha de S.Paulo, Suplicy falou: “Tenho ouvido muitas vozes dentro do PT dizendo que seria interessante ser debatido e votado o candidato ou candidata a vice. A pessoa escolhida, seja a Marta ou outra, teria maior força para dar ao Boulos”.
A ex-prefeita Marta Suplicy, compõe o nome mais forte da chapa, bancada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eduardo, que cogita postular a vaga de vice, diz que uma consulta aos filiados fortaleceria o nome indicado.
O deputado estadual, defensor histórico do projeto de renda básica de cidadania, disse que vai buscar Boulos para tratar desse, entre outros assuntos, e cogita se apresentar entre os pleiteantes à vaga de vice. “Quero ter uma troca de ideias com ele sobre isso e outros temas”, afirmou.
Deputado estadual mais votado da Assembleia Legislativa (Alesp) na eleição de 2022, Suplicy já havia se colocado à disposição para ser o vice da chapa, posto que será indicado pelo PT no acordo feito com o PSOL. Apesar disso, a preferência do partido já era por uma mulher para ocupar a vaga.
Suplicy esteve no Palácio do Planalto na última segunda-feira (8), antes do ato em defesa da democracia que ocorreu no Congresso Nacional. No mesmo dia, Marta e seu marido, Márcio Toledo, se reuniram com Lula.
“Eu soube que a Marta tinha estado com o presidente. Assim, no meio da cerimônia [no Congresso] eu escrevi um bilhete para ele, entreguei para o Ricardo Stuckert [fotógrafo da Presidência], pedindo uma audiência também. Assim como ele recebeu a Marta, poderia me receber”, declarou.
Conforme o próprio deputado estadual, ele procurou Lula em Brasília para sugerir a criação de um grupo de trabalho com 104 nomes para discutir a implementação da renda básica de cidadania.
“Segundo Suplicy, Lula se prontificou a recebê-lo, mas não houve tempo, porque o deputado acabou precisando retornar para São Paulo”, diz a Folha. Ainda assim, ele diz que teve “conversas muito produtivas” sobre o tema com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini