abuso de poder político e econômico

Campanha de Lula prepara ações para tornar Bolsonaro inelegível

As ações deverão ser protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana.

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(Crédito: Getty Images)

A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preparando a apresentação de pelo menos duas ações de investigação judicial eleitoral contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e econômico que, no limite, podem levá-lo à inelegibilidade.

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As ações deverão ser protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana, a mesma em que Lula desembarca em Brasília para dar início, na prática, à transição de governo. Nesta quinta-feira (3), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), reuniu-se com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em um encontro considerado pacífico e amistoso.

Uma das ações tem como foco as declarações de Bolsonaro que puseram em xeque o sistema eleitoral durante a corrida pelo Palácio do Planalto. A campanha estuda incluir nessa ação as manifestações de bolsonaristas que bloquearam rodovias após o resultado eleitoral, incluindo agentes políticos do entorno do Bolsonaro que acabaram apoiando os atos, como os deputados eleitos Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

Já a outra ação teria como foco as questões econômicas, entre elas os benefícios financeiros que o governo liberou durante o processo eleitoral, como a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Bondades, que instituiu o auxílio de R$ 600, porém, não deve entrar, uma vez que parte do próprio PT votou por sua aprovação.
As duas ações se juntarão a outras quatro apresentadas ainda durante a campanha e que também tem potencial de levar Bolsonaro a inelegibilidade: A que aponta a existência de um ecossistema da desinformação por bolsonaristas; as que apontam uso da máquina nos atos de 7 de setembro; as que apontam abuso de poder no discurso da ONU e as que questionam os disparos de SMS com banco de dados públicos do Paraná.
De todas elas, a leitura na campanha é de que as duas novas ações são as que têm mais potencial de avançar ou pelo menos permanecer como algo que a Justiça possa ter em mãos para ser aplicada, a depender dos movimentos de Bolsonaro e dos bolsonaristas, nos próximos quatro anos.

 

 

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