ONDA DE VIOLÊNCIA

“Estamos à disposição”, diz Lula a presidente do Equador

Em ligação por telefone do Palácio da Alvorada, presidente brasileiro ressaltou que luta contra o crime organizado também é um desafio no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente do Equador, Daniel Noboa, na manhã desta terça-feira (23), por telefone, do Palácio da Alvorada, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e presidente do Equador Daniel Noboa – Crédito: Agência Brasil/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente do Equador, Daniel Noboa, na manhã desta terça-feira (23), por telefone, do Palácio da Alvorada, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

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Em meio à crise que o país sul-americano enfrenta no combate ao crime organizado e ao narcotráfico, Lula afirmou estar “à disposição em ajudar o Equador, inclusive por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança“.

O presidente também “ressaltou que a luta contra o crime organizado é um desafio do Brasil, nos vários níveis de governo, agravado pela porosidade e extensão das fronteiras terrestres e marítima do país”.

Os líderes concordaram que ambos países devem se unir no combate ao crime organizado, e que “o fortalecimento da integração regional é condição fundamental para a superação do problema”.

Crise no Equador

Uma semana depois de Noboa declarar estado de emergência no Equador, o presidente pediu ajuda internacional e reiterou que a violência dos grupos envolvidos no narcotráfico é uma questão global, ultrapassando fronteiras. “Eu aceitaria de bom grado a cooperação dos Estados Unidos, disse à CNN.

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“Precisamos de equipamento, precisamos de armas, precisamos de [serviços de] inteligência e penso que este é um problema global. Cerca de 35% das drogas que saem do Equador vão para os Estados Unidos, e outra porcentagem semelhante para a Europa. É por isso que devemos tratar isto como um problema internacional”, explicou.

Em relação aos mais de 40 prisioneiros que fugiram de uma prisão no norte do país, Noboa assegurou que sua equipe está abordando a situação de forma organizada, após a libertação de 270 reféns.

“As pessoas querem paz. As pessoas querem poder andar livremente na rua, ter o seu próprio negócio, ter estabilidade para que os filhos possam ir aos parques, ir à escola e também à universidade. Acho que nossa operação está sendo bem-sucedida neste momento. Estamos progredindo e tenho certeza de que no final conseguiremos uma vitória completa”, adicionou.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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