
Uma delegação com três parlamentares europeus, que tem o intuito de saber sobre os impactos das exportações brasileiras à União Europeia sobre o desmatamento, o clima, a biodiversidade e os direitos humanos, chegou ao Brasil nesta quinta-feira (14). Eles irão ao Pará se encontrar com comunidades locais, ONGs e pesquisadores.
Anna Cavazzi, vice-presidente da delegação do parlamento europeu; Claude Gruffat, membro da delegação para relações com o Mercosul e Michèle Rivase, especialista em saúde ambiental, fazem parte da delegação. “Ouço dizer que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul inclui todas as precauções necessárias para proteger a floresta amazônica. Mas uma vez que estamos em campo, vemos que isso não é verdade”, conta o eurodeputado Claude Gruffat para a Folha de São Paulo.
Gruffat completa dizendo que “ONGs e representantes dos povos indígenas estão nos alertando. Eles nos pedem para vir e ver. Então aqui estamos para falar com a sociedade civil, políticos e empresas, para então chegar a uma conclusão sobre esse acordo”.
Além do mais, está prevista uma votação para o parlamento europeu em setembro, sobre uma legislação que visa a proibir as importações ligadas a desmatamento, e passa a exigir de empresas importadoras que garantam a procedência de matérias-primas. Ademais, os europeus enxergam a proposta como uma forma de viabilizar o acordo comercial, isso traz garantias de que o comércio com o Mercosul não irá acarretar em aumento do desmate.
“Mais da metade (51,6%) do desmatamento na Amazônia no primeiro semestre de 2022 se deu em terras públicas. Florestas públicas não destinadas foram a categoria fundiária com mais alertas de desmatamento no período (33,2%)…”
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