PLANEJAMENTO

Governo bloqueia quase R$ 3 bi do orçamento: veja os ministérios mais afetados

Os Ministérios da Educação, Saúde, Igualdade Racial, Mulheres e Povos Indígenas, entre outros, foram preservados do bloqueio

Governo bloqueia quase R$ 3 bi do orçamento: veja os ministérios mais afetados
Vista da Esplanada dos Ministérios, em Brasília – Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Governo Federal bloqueou o orçamento em R$ 2,9 bilhões atingindo, desta forma, vários ministérios. As pastas das Cidades e dos Transportes foram as mais afetadas.

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O valor global foi anunciado na semana passada, mas o detalhamento saiu somente nesta quinta-feira (28), por meio de decreto presidencial publicado no “Diário Oficial da União” (DOU).

“O bloqueio foi realizado em RP2 e RP3 – despesas discricionárias gerais e destinadas ao Novo PAC”, informou o Ministério do Planejamento e Orçamento, por intermédio de nota à mídia.

Algumas áreas consideradas prioritárias, como saúde e educação, não sofreram limitação de recursos. As emendas parlamentares também foram preservadas.

Confira quais ministérios foram os mais afetados

  1. Ministério das Cidades: -R$ 741,74 milhões;
  2. Ministério dos Transportes: -R$ 678,97 milhões;
  3. Ministério da Defesa: -R$ 446,48 milhões;
  4. Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: -R$ 281,66 milhões;
  5. Ministério da Integração: -R$ 179,79 milhões;
  6. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: -R$ 118,79 milhões;
  7. Ministério da Agricultura: -R$ 105,49 milhões;
  8. Ministério da Fazenda: -R$ 94,39 milhões;
  9. Ministério das Relações Exteriores: -R$ 69,29 milhões;
  10. Ministério da Justiça e Segurança Pública: -R$ 65,59 milhões;
  11. Ministério dos Portos e Aeroportos: -R$ 52,29 milhões;
  12. Ministério do Planejamento e Orçamento: -R$ 37,09 milhões;
  13. Ministério da Gestão e Inovação: -R$ 36,29 milhões.

O bloqueio acontece por conta do limite de gastos do arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado. Pela normatização:

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  • o governo também não pode ampliar as despesas acima de 70% do crescimento projetado pela arrecadação.
  • o crescimento dos gastos não pode superar 2,5% ao ano em termos reais, ou seja, acima da inflação do ano anterior.
  • o objetivo do arcabouço fiscal é evitar, no futuro, uma disparada da dívida pública e uma piora nos juros cobrados dos investidores na emissão de títulos públicos.

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