investigação

Marcos do Val depõe à Polícia Federal sobre suposta trama golpista envolvendo Bolsonaro

O senador acusou Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião no fim de 2022 para propor que do Val participasse de um plano de golpe de Estado

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) se dirigiu à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento a respeito de uma possível trama golpista
Marcos do Val pode ser enquadrado pelo crime de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a outras pessoas. (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na tarde desta quarta-feira (19), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) se dirigiu à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento a respeito de uma possível trama golpista, denunciada por ele em fevereiro, por meio das redes sociais. O caso envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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Em uma operação conduzida pela PF em junho, foram apreendidos computadores, pen drives e um telefone celular em endereços ligados ao senador, de acordo com informações da CNN Brasil A ação foi autorizada por Moraes, que abriu a investigação sob o argumento de que o parlamentar havia apresentado versões divergentes sobre os fatos em entrevistas e em um depoimento anterior à PF. Ele também decidiu que do Val deveria prestar o novo depoimento.

Em sua denúncia publicada em rede social, o senador acusou Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de organizarem uma reunião no fim de 2022 para propor que ele [do Val] participasse de um plano de golpe de Estado. Segundo o relato, a ideia era gravar uma conversa dele com Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que o ministro dissesse que estaria “extrapolando os limites constitucionais“.  Em posse dessa gravação, aliados do ex-presidente solicitariam a prisão de Moraes e, em seguida, a anulação da vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Depois da operação conduzida pela Polícia Federal, Marcos do Val negou ter contado mais de uma versão sobre o caso. Ainda assim, o STF determinou que as contas do senador em redes sociais fossem bloqueadas. Ele pode ser enquadrado pelo crime de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a outras pessoas.

 

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