O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse que o ex-presidente recebeu pessoalmente e está com um segundo pacote de joias dado pelo governo da Arábia Saudita ao então chefe do Executivo brasileiro. Os objetos foram trazidos de forma ilegal para o país. A informação é do jornal Estado de S.Paulo.
Segundo a GloboNews, policiais federais já tiveram acesso a um documento que aponta que os itens foram computados como bens pessoais. No entanto, a legislação diz que deveriam ser patrimônio do Estado.
O segundo pacote continha um relógio com pulseira em couro, um par de abotoaduras, uma caneta rosa gold, anel e um masbaha (espécie de rosário) rose gold, todos da marca suíça de luxo Chopard. O ex-chefe de Estado teria recebido o conjunto das mãos da comitiva do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O governo Bolsonaro também tentou fazer com que outro conjunto de joias, este avaliado em R$ 16,5 milhões, que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrasse de forma ilegal no Brasil.
O Estadão diz que teve acesso a um documento assinado em 29 de novembro de 2022 pelo funcionário Rodrigo Carlos dos Santos que comprovaria a entrega das joias. No documento, há um item que questiona se Bolsonaro visualizou o item, e a resposta é “sim“.
De acordo com a legislação, mesmo que se trate de um presente de Estado, o pacote deveria ter sido declarado à Receita Federal e encaminhado ao acervo da Presidência da República.
A nova informação contradiz o que Bolsonaro disse, nos Estados Unidos, no último final de semana. Na ocasião, ele negou que tenha recebido ou pedido qualquer presente ao governo da Arábia Saudita.
“Estou sendo crucificado no Brasil por um presente que não pedi e nem recebi. Vi em alguns jornais de forma maldosa dizendo que eu tentei trazer as joias ilegais para o Brasil. Não existe isso“, alegou.
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