ataques políticos

Moraes prorroga prisão de homem que ameaçou petistas e ministros do STF

Na decisão, Moraes afirmou que o investigado, no dia da prisão, publicou novo vídeo reiterando as ameaças à segurança e a honorabilidade do Supremo.

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Alexandre de Moraes (Crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais mais cinco dias a prisão do homem que atacou nas redes sociais integrantes do PT e ministros do STF. Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, 46, foi preso na última sexta-feira (22) pela Polícia Federal em Belo Horizonte.

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No fim de semana, Ivan passou por uma audiência de custódia, e a Justiça decidiu manter a prisão dele. A defesa, então, pediu ao STF que revogasse a prisão do cliente.

Na decisão, Moraes afirmou que o investigado, no dia da prisão, publicou novo vídeo reiterando as ameaças à segurança e a honorabilidade do Supremo. “Neste novo vídeo, há referência expressa ao art. 142 da Constituição Federal e à possibilidade de rompimento institucional do Estado Democrático de Direito, também se vislumbrando como possível a configuração do delito de incitação ao crime”, escreveu.

Moraes ainda afirmou que a extensão da prisão é necessária para assegurar que os investigadores possam avançar sobre toda a “engenharia criminosa”. “Entendo, portanto, a pertinência da medida, imprescindível para que a autoridade policial avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão; bem como analise se há nas informações contidas nos bens e documentos recolhidos elementos que possam ensejar a realização de novas atividades investigativas, além de mitigar as oportunidades de reações indevidas e impedir a articulação com eventuais outros integrantes da associação, que obstruam ou prejudiquem a investigação, conforme também salientado pela Procuradoria-Geral da República”.

Entenda a prisão

De acordo com o Supremo, Ivan Rejane Forte Boa Pinto, 46, foi preso na última sexta-feira (22) pela Polícia Federal em Belo Horizonte. Ele havia sido candidato a vereador da capital mineira em 2020, sob o nome “Ivan Papo Reto“, pelo PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Além da prisão, na qual Ivan resistiu, Moraes determinou a busca e apreensão de “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” que estivessem na posse de Boa Pinto. O ministro também determinou ao Twitter, YouTube e Facebook que bloqueiem as redes sociais do ex-candidato e que o Telegram bloqueie um grupo que ele administrava.

A Polícia Federal, que solicitou ao ministro a prisão de Ivan Boa Pinto, afirmou que ele utiliza canais da rede (YouTube, Facebook, Twitter) e aplicativos de mensagem para “mandar um recado para a esquerda brasileira”, cooptando apoiadores com o fim de “caçar” e de “praticar ações violentas dirigidas a integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico e a ministros do Supremo”. 

A PF ainda destacou que, apesar de as condutas terem sido feitas em redes sociais, não podem ser desprezadas porque podem ser usadas para “impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo, por meios ilegais”.

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“Publicações de ameaças contra pessoas politicamente expostas têm um grande potencial de propagação entre os seguidores do perfil, principalmente considerando o ingrediente político que envolve tais declarações”, acrescenta a PF.

 

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