internacional

Nicolás Maduro pede conversa com Lula nesta quinta (1º)

Esse pedido formal foi articulado pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, diretamente ao Palácio do Planalto

No cenário internacional, o presidente venezuelano Nicolás Maduro requisitou uma ligação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva
No cenário internacional, o presidente venezuelano Nicolás Maduro requisitou uma ligação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – Créditos: Reprodução / Agência Brasil

No cenário internacional, o presidente venezuelano Nicolás Maduro requisitou uma ligação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com informações apuradas pela CNN, esta ligação está programada para ocorrer nesta quinta-feira, 1º de agosto de 2024, ainda sem um horário definido.

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Esse pedido formal foi articulado pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, diretamente ao Palácio do Planalto. A iniciativa de Maduro foi antecipada pelo jornal “O Globo”. Lula, um aliado de longa data de Maduro, ainda não reconheceu os resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no domingo, 28 de julho de 2024.

Qual a relevância do pedido de Maduro?

O governo brasileiro, liderado por Lula, tem insistido na necessidade de uma divulgação transparente das atas eleitorais. Esse posicionamento reflete uma exigência constante de verificabilidade e legalidade nos processos eleitorais, especialmente em contextos politicamente instáveis como o da Venezuela.

Durante uma entrevista à TV Centro América, Lula afirmou que reconheceria o resultado das eleições na Venezuela assim que houvesse confiança na veracidade das atas eleitorais. Ele expressou estar “convencido de que é um processo normal e tranquilo”. No entanto, a necessidade de clareza permanece um ponto crucial.

Segundo a CNN, o Brasil está atualmente em negociações para emitir uma nota conjunta com Colômbia e México sobre o processo eleitoral na Venezuela. Esses países têm se manifestado individualmente pedindo transparência nos resultados, mas um posicionamento conjunto dos governos de esquerda elevaria a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.

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Os presidentes Lula (PT), o colombiano Gustavo Petro e o mexicano André Manuel López Obrador possuem uma linha de comunicação ativa com o governo venezuelano. Essa ligação entre os líderes pode ser essencial para estabelecer um consenso regional sobre a validade do processo eleitoral venezuelano.

Qual a posição das organizações pró-democracia?

O Centro Carter, uma organização pró-democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, emitiu uma declaração na noite de terça-feira, 30 de julho, afirmando que as eleições na Venezuela não podem ser consideradas democráticas. Fontes diplomáticas confirmaram à CNN que essa posição está sendo considerada pelo governo brasileiro, mas uma aliança imediata com essa visão foi evitada.

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Além disso, durante uma reunião do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada na quarta-feira, 31 de julho, uma resolução que buscava aumentar a pressão sobre a Venezuela foi rejeitada. Foram registrados 17 votos a favor da resolução, 17 abstenções e 5 delegações ausentes, incluindo o Brasil.

O Brasil, juntamente com países como Bolívia, Colômbia e Honduras, optou por abster-se, enquanto México se ausentou da votação. Em contraste, países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Estados Unidos e Canadá votaram a favor da resolução, destacando divisões significativas na abordagem internacional em relação à crise venezuelana.

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