EXPLICAÇÕES

Oposição quer chamar Lewandowski à Câmara para falar sobre crime organizado

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado Sanderson (PL-RS), afirmou que irá apresentar um requerimento de convite; caso o novo ministro se recuse a comparecer, ele será convocado

Oposição quer chamar Lewandowski à Câmara para falar sobre crime organizado
O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o indicado como futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski – Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Flávio Dino está de saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública e, agora, os deputados de oposição miram no novo titular, Ricardo Lewandowski, ex-ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Os deputados oposicionistas já estão se “mexendo” para convidar Lewandowski a comparecer na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados na volta dos trabalhos legislativos. Eles querem explicações sobre as medidas de combate ao crime organizado.

Dino, sempre alvo da oposição, foi convocado diversas vezes para falar. No final do ano passado, entretanto, faltou a algumas convocações e irritou os bolsonaristas. Senadores de oposição citaram as ausências durante a votação do nome de Dino ao STF.

O atual presidente do colegiado, deputado Sanderson (PL-RS), afirmou que irá apresentar um requerimento de convite. Ricardo Lewandowski iria voluntariamente explicar o que pretende fazer à frente do ministério.

Caso o novo ministro se recuse a comparecer, ele será convocado, como aconteceu com Dino. Para o deputado, Lewandowski “não conhece nada sobre segurança pública e terá dificuldades em produzir ou conduzir um programa de enfrentamento ao crime organizado”.

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A segurança pública tem sido usada como foco de críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Um encontro entre secretários da pasta com a mulher de um líder do Comando Vermelho serviu como combustível para ataques dos bolsonaristas contra Dino em 2023.

O governo tinha minoria na comissão, por isso ficava refém de acordos com bolsonaristas para evitar convocações de ministros. A composição do colegiado pode mudar neste ano. A presidência e os integrantes das comissões mudam anualmente. O bloco governista terá de negociar e trocar cadeiras com partidos aliados para tentar obter maioria na comissão.

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