quase 10 anos

Presidência retira grades do Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conferir de perto a entrada do Palácio do Planalto sem grades móveis de proteção.

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(Crédito: Ricardo Stuckert/PR)

A entrada do Palácio do Planalto está sem grades móveis de proteção. A ordem partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De surpresa, Lula desceu a rampa da sede do governo, na tarde desta quarta-feira (10). Pouco mais de cinco meses após fazer o trajeto oposto para o terceiro mandato presencial.

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“O que eu acho é que o Brasil não precisa estar cercado de grades. Deixa livre para a democracia, ela não precisa de muros”, afirma Lula a jornalistas ao andar sobre a rampa.

Segundo o G1, o presidente disse que os prédios da Praça dos Três Poderes não precisam ficar cercados. Lula afirmou que basta não “negligenciar” a segurança, como da “outra vez”, em referência aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ele estava acompanhado da esposa, Janja Lula da Silva, e do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta.

De acordo Pimenta, a retirada é simbólica e ocorreu a pedido do presidente diante do cenário que o país vive. “Um momento de união e reconstrução não pode ter um monte de gradil”, argumentou ao site Agência Brasil. Segundo o ministro, em ocasiões específicas, como solenidades e desfiles, as grades móveis poderão ser recolocadas temporariamente.

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Os equipamentos cercavam o local pelo menos desde 2013, quando milhares de brasileiros foram às ruas em protestos violentos em várias cidades do país, nas chamadas Jornadas de Junho.

Há quase 10 anos

Os gradis permaneceram ao longo dos anos seguintes, abrangendo o período de protestos durante o processo de impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, os mais de dois anos de governo de Michel Temer e os quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, além do episódio de tentativa de golpe de Estado organizado por militantes de extrema-direita bolsonaristas, em 8 de janeiro deste ano.

Lula também determinou a retirada dos blocos de concreto posicionados na via que dá acesso às residências oficiais do presidente e vice-presidente, respectivamente o Palácio da Alvorada e o Palácio do Jaburu, que ficam numa área um pouco mais isolada, mas próxima da Praça dos Três Poderes. “Eu vou tirar aquela muralha na frente do Palácio [da Alvorada], se eu quiser cercar o povo e não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia”, argumentou.

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