força regional

PT não elege prefeitos em 7 estados; PL fica sem representação em 3

Nas eleições municipais, o PT e o PL, protagonistas da disputa presidencial de 2022, não conseguiram eleger prefeitos em todos os estados.
Urna eletrônica utilizada nas eleições – Crédito: José Cruz/Agência Brasil

Nas eleições municipais de 2024, o PT e o PL, protagonistas da disputa presidencial de 2022, não conseguiram eleger prefeitos em todos os estados do Brasil. O Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terminou o pleito sem representantes eleitos em sete estados, enquanto o Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficará sem prefeitos em três unidades federativas (UFs).

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No caso do PT, os estados onde não houve eleição de prefeitos pela legenda são: Acre, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima. Já o PL não terá gestores municipais eleitos no Ceará, no Piauí e em Roraima.

Desempenho regional e influência dos governadores

O cenário no Ceará e no Piauí ilustra a força regional do PT. Ambos os estados são governados por petistas – Elmano de Freitas e Rafael Fonteles, respectivamente – e, neles, a sigla alcançou uma alta proporção de prefeituras. No Piauí, o PT assume 50 cidades, o equivalente a 25% dos municípios, enquanto no Ceará comandará 22% das cidades, somando 47 prefeituras. Na Bahia, o partido venceu em 49 cidades, representando 12% do total do estado.

O PL, por sua vez, obteve seu melhor desempenho em São Paulo, com 102 prefeituras conquistadas no primeiro turno e mais duas no segundo turno. Santa Catarina também se destacou para o partido, com vitórias em 90 municípios, representando 31% das prefeituras do estado, onde Jorginho Mello (PL) é governador. Em São Paulo, o desempenho do PL ultrapassou o do Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, que venceu em 79 cidades. O PSD, no entanto, manteve-se à frente, elegendo 202 prefeitos, o que representa 31% do total.

Prefeitos eleitos refletem capilaridade do MDB e do PP

Apenas duas siglas, o MDB e o PP, conquistaram ao menos uma prefeitura em cada um dos 26 estados brasileiros. O MDB terminou o pleito como o segundo partido em número de prefeituras, enquanto o PP ficou em terceiro no ranking.

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O PSD, partido que mais venceu prefeituras no país, não obteve prefeitos eleitos em Alagoas e Roraima, ficando com representação em 24 UFs.

Os resultados eleitorais do MDB e do PP refletem a longevidade e a amplitude política dessas siglas, que mantiveram estruturas sólidas desde os anos da redemocratização. O MDB surgiu durante a ditadura militar como oposição institucional e preservou seu nome após o fim do bipartidarismo, em 1981. Já o PP, originado da Arena (partido de sustentação do regime militar), consolidou-se como Progressistas após várias mudanças de nome.

Outro partido de destaque na redemocratização, o União Brasil, resultado da fusão entre PSL e DEM (ex-PFL), foi a quarta sigla em número de prefeituras, mas não venceu em Alagoas, Mato Grosso do Sul e Roraima, ficando sem representação municipal nesses estados.

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