Operação Tempus Veritatis

Quem é Bernardo Romão, militar que retornou ao Brasil e foi preso pela PF?

Um dos quatro alvos de mandados de prisão, expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o militar foi obrigado a voltar dos Estados Unidos para entregar-se à Polícia Federal

O coronel Bernardo Romão Correa Neto desembarcou no Brasil na madrugada deste domingo (11). Um dos quatro alvos de mandados de prisão, expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o militar foi obrigado a voltar dos Estados Unidos para entregar-se à Polícia Federal.
Bernardo fazia parte do grupo de elite “kids pretos” – Créditos: CENTRO DE PREPARAÇÃO DE OFICIAIS DA RESERVA DE PORTO ALEGRE

O coronel Bernardo Romão Correa Neto desembarcou no Brasil na madrugada deste domingo (11). Um dos quatro alvos de mandados de prisão, expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, o militar foi obrigado a voltar dos Estados Unidos para entregar-se à Polícia Federal.

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Ao pisar em solo brasileiro, agentes da PF o receberam e confiscaram três passaportes e um celular. Assim como os outros três alvos — Marcelo Câmara, Filipe Martins e Rafael Martins —, Bernardo Romão continuou preso após sua audiência de custódia, realizada nesta manhã.

Envolvimento

Para o relatório da prisão, o coronel atuava como homem de confiança de Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro. A operação Tempus Veritatis descobriu conversas entre Romão e Cid, nas quais eles planejam a reunião de novembro de 2022. Os vídeos desse evento revelam detalhes do planejamento de um golpe de Estado. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Romão “executava tarefas fora do Palácio da Alvorada que o então Ajudante de Ordens da Presidência da República não conseguiria desempenhar”.

O coronel também integrava os kids pretos, uma espécie de curso de forças especiais do Exército que, atualmente, reúne cerca de 2,5 mil militares. Supostamente, a equipe auxiliaria na consumação do golpe de Estado.

Bernardo Romão Correa Neto viajou aos Estados Unidos em dezembro de 2022, em uma missão do Exército em Washington D.C. até o ano de 2025. Entretanto, de acordo com a PF, esta viagem, no último mês do governo Bolsonaro “demonstra fortes indícios de que o investigado agiu para se furtar ao alcance de investigações e consequentemente da aplicação da lei penal, fatos estes que justificam a decretação da prisão preventiva.”

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