SÃO PAULO

Quem é o ex-comandante da Rota indicado por Bolsonaro para vice de Nunes?

O nome foi entregue a Nunes pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que afirmou que o nome “foi muito bem-aceito”

Ricardo Mello Araújo, coronel aposentado da Polícia Militar, é o indicado por Jair Bolsonaro para ocupar o posto de candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes.
Atual prefeito ainda não decidiu quem concorrerá ao seu lado – Créditos: Acervo Pessoal e Wilson Dias/Agência Brasil

Ricardo Mello Araújo, coronel aposentado da Polícia Militar, é o indicado por Jair Bolsonaro para ocupar o posto de candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes. O ex-presidente da República ganhou o direito de indicação após publicamente endossar a campanha de reeleição do atual prefeito.

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O nome foi entregue a Nunes pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que afirmou que o nome “foi muito bem-aceito”. Entretanto, não necessariamente precisa ser aceito pelo prefeito, que só se encontrou com Mello em duas ocasiões.

Outros candidatos ao cargo são Sonaira Fernandes, atual secretária da Mulher do governo de Tarcísio de Freitas, o deputado estadual de São Paulo Tomé Abduch e a ex-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo Raquel Gallinati, favorita pelo diretório municipal do PL para vice.

Quem é Ricardo Mello Araújo?

Apoiador de carteirinha de Bolsonaro, o ex-PM comandou a Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), as forças especiais de São Paulo. Enquanto ocupava o posto, Mello defendeu a extinção da Ouvidoria da Polícia, que recebia denúncias de policiais, assim como as filmagens das câmeras corporais.

Em outubro de 2020, assumiu a presidência da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Sua passagem foi marcada pela inauguração de um clube de tiro na sede do local e brigas com sindicalistas.

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Ao mesmo tempo, ele também conseguiu a isenção da cobrança do IPTU no local, em um de seus raros encontros com o prefeito Ricardo Nunes, sob a premissa de que um ente municipal não pode taxar a Ceagesp, um ente federal.

Ricardo Mello Araújo também enfrentou sua parcela de rusgas políticas. Em 2023, o senador por São Paulo, Giordano, do mesmo partido de Nunes, entrou com uma ação no Ministério Público acusando o coronel de calúnia. Em seu Instagram, Mello relatou que o senador tentou manipular uma licitação na Ceagesp, assim como a indicação de funcionários à empresa.

 

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Opiniões Bolsonaristas

O ex-coronel compartilha a visão de mundo de Bolsonaro e não tem vergonha de pronunciar-se. O militar, sempre que podia, expressava seu desejo do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e contestava o processo eleitoral e a eficácia das vacinas contra a covid-19.

Enquanto chefiava a Ceagesp, Ricardo convocou, em seu Instagram, seus seguidores a comparecerem às ruas nos protestos de 7 de setembro, alegando que não podiam “permitir que o comunismo assuma nosso país”.

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